Depois do tormento de mais de dois anos de obras, comerciantes da renovada Praça 25 de Abril esperam que a zona volte a ter a movimentação que tinha antes das intervenções.
Na banca da relojoaria que funciona na renovada Praça 25 de Abril, Rogério Carvalhinho mantém intacto o panfleto recebido por alturas do início das obras, onde se lê que a área iria estar condicionada de 28 de fevereiro a julho de 2022. A obra, contudo, foi inaugurada nos 50 anos do 25 de Abril, dois anos e nove meses depois do previsto. E se já então os comerciantes da zona temiam os prejuízos com o negócio, tamanha derrapagem no tempo só agudizou ainda mais a situação. Os comerciantes não têm dúvidas sobre a beleza da nova praça, mas lamentam os prejuízos causados com as obras, esperando que daqui para a frente a situação possa melhorar.
No restaurante Magriço, ontem de manhã a funcionária Soraia Dias preparava o espaço para os almoços que iriam começar a ser servidos, com a convicção de que de ontem em diante tudo fosse diferente em relação aos últimos anos. Em dia de inauguração da praça, a 25 de abril, o dia foi de movimento, mas também foi dia «de festa», com muitas pessoas a circular. O grande teste, apontou, será de agora em diante. «Estivemos muito isolados, com grades a toda a volta, pouca iluminação, muitas pessoas achavam que o restaurante estava encerrado», recorda a funcionária.