Autoridade de saúde alerta para algas tóxicas em rios da região
O comunicado foi tornado público na sexta-feira e fez soar os alarmes na Câmara Municipal de Mortágua, onde se encontra um espelho de água com mais de 2.000 hectares, a Albufeira da Barragem da Aguieira. A delegada de saúde coordenadora da ULS Coimbra anunciou que se verifica a existência e proliferação, em grande quantidade, de cianobactérias no rio Mondego, no rio Dão e Albufeira da Barragem da Aguieira e inclusivamente na Praia Fluvial da Senhora da Ribeira.
Refere o comunicado que «estas algas apresentam potencial toxicidade em contacto com a pele ou quando inaladas, podendo surgir sintomas do tipo alérgico semelhantes à “febre dos fenos”, com rinite, conjuntivite e dispneia, podendo ainda desencadear reações inflamatórias da pele».
A delegada de saúde coordenadora sublinha igualmente que em caso de ingestão, as cianobactérias «podem provocar intoxicações agudas, podendo cursar com quadros de gastroenterite com diarreia, náuseas, vómitos, cólicas abdominais, febre e outros».
Nessa medida, e em posse de todos estes elementos, a autoridade de saúde sustenta que «é absolutamente desaconselhada a prática de quaisquer atividades lúdicas e desportivas aquáticas, a prática de natação, a realização de banhos e mergulhos, bem como a prática de atividade piscatória enquanto esta situação se mantiver».
Consciente da forte atratividade dos seus cursos de água, nomeadamente quando se registam as temperaturas altas que estamos a vivenciar, o município de Mortágua foi célere a publicar no seu site e redes sociais o comunicado.
Fonte da autarquia referiu que esta situação «não diz respeito à edilidade, mas sim às autoridades de saúde e terão de ser elas a intervir». «O que nós podíamos fazer, já fizemos, que foi avisar atempadamente a população para não utilizar os rios, sobretudo neste fim de semana de grande calor, por uma questão de prevenção e salvaguarda», refere.
A mesma fonte sublinhou que «cumpriu a sua obrigação» em termos de prevenção, mas que agora «terão de ser as autoridades a tomar as medidas mais prementes para resolver esta situação», que não é da responsabilidade do município.