O documento, com mais de 2.600 assinaturas - de habitantes da freguesia e não só - seguirá também para outras entidades, nomeadamente para a Assembleia Municipal e partidos políticos representados, Direção Geral de Energia e Geologia, Agência Portuguesa do Ambiente e Ministério do Ambiente.
Ontem, na entrega que foi simbólica ao vereador Manuel Domingues, juntaram-se cerca de uma centena de pessoas empenhadas em travar o processo de prospeção e extração de caulinos em Vila Verde, pela empresa Aldeia SA.
«É uma questão de saúde pública», afirmou Fernanda Lopes, frisando que, pelo que lhe foi dado a saber, a exploração vai ser bem perto da povoação e do Centro de Dia onde trabalha e «a confusão no trânsito» vai-se sentir. «É a poluição, é o nosso ambiente, sobretudo», acrescentou Filomena Neves que, com a colega, se deslocou de Vila Verde até à Câmara Municipal para fazer ver a sua posição contra os caulinos.
Licínio Maia Azedo, do Movimento Cívico Popular criado para esta luta, garantiu que a população está disposta a ir até onde for preciso para travar este processo. «A forma de luta pode incluir processos judiciais, não seria o primeiro caso travado através da justiça», afirmou.
O líder do Movimento Cívico Popular apontou diversos argumentos para justificar a posição da população, desde logo «a defesa do património, do ambiente, da qualidade de vida e da saúde pública». «Será uma zona desvalorizada, todo o património será desvalorizado», anteviu Licínio Maia Azedo, frisando que se a fauna e flora forem destruídas, serão contaminados os solos, serão contaminadas as águas superficiais e profundas, rios e oceanos.