Nos 45 anos de SNS pediu-se uma mudança e diálogo
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) celebrou no dia de ontem os 45 anos desde a sua criação com uma cerimónia comemorativa em Coimbra que contou com a presença da atual ministra, Ana Paula Martins, que defendeu uma «mudança estrutural» que precisa de começar já e que se deve prolongar até à próxima legislatura.
Durante o seu discurso elogiou o trabalho de António Arnaut, uma figura sempre recordada neste dia, por ter idealizado um serviço inovador e desenhado para todos os portugueses. «Em 1979 deu um passo inovador nos cuidados de saúde, (...) mas hoje as necessidades são bem diferentes», defendeu a ministra, ressalvando que é necessário olhar para o futuro.
«Muito é o que temos conseguido, mas muito, mesmo muito, é o que ainda há para fazer. Por isso, temos de saber criar um novo SNS adaptado a esta mudança. Temos de fazer uma nova mudança estrutural, criando um SNS em mudança, mantendo o substrato, os seus valores do humanismo, do personalismo e do profissionalismo», considerou.
Para Manuel Veríssimo, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, apesar dos problemas, o SNS é uma «peça insubstituível» para os portugueses. E, nesse sentido, apelou para que se pense numa «reorganização e no fortalecimento» do mesmo. Por sua vez, Alexandre Lourenço, presidente do conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS), demonstrou que o trabalho desenvolvido nos últimos meses tem transformado o serviço nacional que deve ser «centrado nas pessoas e para as pessoas».
A cerimónia contou ainda com intervenções da Maria de Belém, ex-ministra da Saúde, de Isabel Garcia, presidente da Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra, de Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, de Alfredo Dias, vice-reitor da UC e ainda de José Manuel Silva, presidente da Câmara de Coimbra e antigo bastonário da Ordem dos Médicos.