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Incêndio às portas de Coimbra destruiu 130 hectares

Pelas 11:30, estavam no terreno 266 operacionais, apoiados por 84 veículos e um meio aéreo

O incêndio que atingiu na segunda-feira o concelho de Coimbra e que está hoje em resolução destruiu 130 hectares de floresta, disse à agência Lusa o presidente da Câmara, adiantando que a escola de Ceira se mantém fechada.

“A estimativa da área ardida é de cerca de 130 hectares. Há quatro bombeiros feridos, mas muito ligeiros, sem significado, e, de resto, não houve danos em infraestruturas, não houve danos em instituições, não houve danos em casas”, afirmou José Manuel Silva.

O incêndio, que começou às 16:18 de segunda-feira, nas Carvalhosas, arredores da cidade de Coimbra, entrou hoje de manhã em fase de resolução, de acordo com a Proteção Civil.

Pelas 11:30, estavam no terreno 266 operacionais, apoiados por 84 veículos e um meio aéreo, para trabalhos de consolidação e rescaldo, segundo os dados da página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Segundo José Manuel Silva, o combate ao incêndio correu bem porque “o fogo foi precocemente detetado por uma equipa dos sapadores florestais da Câmara Municipal de Coimbra que andava em vigilância precisamente naquela zona”, por já se saber “ser uma zona sensível”.

“Portanto, o ataque foi precoce e o fogo, felizmente, não atingiu outras dimensões, apesar de ser um dia com condições climáticas muito adversas”, declarou.

José Manuel Silva esclareceu que a escola do 2.º e 3.º ciclo de Ceira, com 211 alunos, fechada na segunda-feira por precaução, continua sem aulas.

“Foi encerrada ontem [segunda-feira] à tarde por motivos de precaução. Correu tudo tranquila e ordeiramente”, salientou, frisando que “a escola não estava em risco” e hoje “manteve-se a escola sem aulas, também por uma questão de precaução”.

O presidente do município referiu que o posto de comando mudou da Autoestrada 13, onde estava instalado, para o espaço da escola, “porque é necessário continuar a fazer o rescaldo”.

“É preciso continuar atento, fazer o rescaldo por causa do vento e de possíveis reacendimentos” e do “risco de eventuais projeções”, precisou.

O presidente da Câmara de Coimbra acrescentou que na quarta-feira, em princípio, os alunos regressam ao estabelecimento de ensino, “já com a fase de rescaldo consolidada, desde que não haja nenhum imponderável”.

Aos munícipes, José Manuel Silva pediu para “terem cuidado para não desencadearem nenhum procedimento que possa originar um fogo e para não se dirigirem à zona do incêndio”, pois “os bombeiros continuam a circular”.

“A estrada das Carvalhosas continua condicionada porque pode ser, a cada momento, necessária uma deslocação rápida e todos os caminhos têm de estar desimpedidos”, acrescentou.

Pelo menos quatro pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro.

O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que teve hoje a sua primeira reunião em Aveiro.

Setembro 17, 2024 . 12:04

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