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Incêndios: MAI lamenta morte de três bombeiros a quem "Portugal deve sentida homenagem"

O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios
O Ministério da Administração Interna lamentou hoje a morte de três bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha (Tábua), dizendo que “são mais um exemplo nacional de quem deu a vida pelo próximo”, a quem “Portugal deve sentida homenagem”. “Foi com profundo pesar que a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e os secretários de Estado, Paulo Simões Ribeiro e Telmo Correia, tomaram conhecimento da morte de três bombeiros que combatiam o incêndio que lavra na freguesia de Midões, concelho de Tábua, na sub-região da região de Coimbra”, lê-se numa nota de pesar. O gabinete de Margarida Blasco refere que “a bombeira Sónia Cláudia Melo, o bombeiro Paulo Jorge Santos e a bombeira Susana Cristina Carvalho, da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, são mais um exemplo nacional de quem deu a vida pelo próximo e a quem Portugal deve sentida homenagem”. “Neste momento de grande consternação e luto, o Ministério da Administração Interna quer endereçar sentidas palavras de solidariedade e os mais sinceros sentimentos às três famílias enlutadas, aos amigos, a toda a corporação de Vila Nova de Oliveirinha e a todos os bombeiros e agentes da proteção civil que combatem neste preciso momento e sempre, os incêndios em Portugal”, conclui. A mensagem do Ministério da Administração Interna surge depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, se terem manifestado profundamente consternados com a morte dos três operacionais. Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha morreram hoje quando se deslocavam para um incêndio naquele concelho do distrito de Coimbra. Esta informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz, e também por fonte da Proteção Civil, que disse à Lusa que morreram um bombeiro e duas bombeiras depois de o carro em que seguiam ter sido apanhado pelas chamas. Desde domingo, já morreram sete pessoas e cerca de 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem as regiões norte e centro do país, em concelhos como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13. Hoje, às 13:30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registava 127 ocorrências, envolvendo mais de 5.400 operacionais, apoiados por 1.700 meios terrestres e 25 meios aéreos. A Proteção Civil estima que arderam pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e no distrito de Aveiro. O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que teve hoje a sua primeira reunião em Aveiro. Na segunda-feira à noite, o Presidente da República esteve com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Em declarações à comunicação social, com Luís Montenegro ao seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu às populações e à estrutura de Proteção Civil pela forma como têm enfrentado os incêndios dos últimos dias e anunciou o cancelamento de uma deslocação que tinha prevista a Espanha, na quarta-feira.
Setembro 17, 2024 . 16:41

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