Obra ajuda a desvendar “Os caminhos invisíveis da cozinha de Coimbra”
Mergulhou no território, estudou a geografia, palmilhou as serras, subiu aos montes e percorreu as terras férteis das margens do Mondego. Cruzou-se com dezenas de pessoas, algumas com 100 anos, e recolheu as suas memórias e outras, mais longínquas, que guardam do tempo dos avós. A pesquisa contemplou, igualmente, o acervo histórico, consulta de posturas municipais, cartas de aforamento, de relatos dos jornais da época. Sim, porque por detrás do que se come, há História, condicionalismos geográficos, “caminhos invisíveis” que fluem e transformam. Olga Cavaleiro, investigadora da História e Cultura Gastronómica, palmilhou esse longo caminho para escrever “Os Caminhos Invisíveis da Cozinha de Coimbra”. A obra é apresentada esta sexta-feira, no ISCAC – Coimbra Business School.
Uma obra que desvenda «uma outra Coimbra» que, além da «cidade dos doutores, dos estudantes, da sabedoria e do conhecimento», é marcada por «uma rede invisível», que provém do Mondego, dos «arrabaldes» e «dá força à cidade», que emerge numa encruzilhada onde se encontram a serra, o monte e o campo, elementos que definem o território e imprimiram a sua marca à História, às gentes e aos caminhos da cozinha. Uma «maravilhosa» viagem, com descobertas «extraordinárias» que fascinaram Olga Cavaleiro nesta procura para perceber os hábitos alimentares, «desde os momentos de trabalho», em «quantidade e qualidade», contrastando com a «frugalidade» das restantes refeições e com «a exuberância da festa».
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