Passaporte cultural e espiritual convida a viagem conjunta

“Bem-aventuranças da noite” é a primeira proposta do recém criado Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura (SDPC) de Coimbra. Trata-se do “Passaporte cultural e espiritual”, que convida a uma viagem conjunta por um itinerário que propõe, todos os meses, entre outubro de 2024 e julho de 2025, participar numa iniciativa para viver ou refletir.

Na apresentação desta iniciativa, que ontem decorreu no Seminário Maior de Coimbra, Cristina Robalo Cordeiro considerou que “Bem-aventuranças da noite” pretende acrescentar «à vida cultural de Coimbra o olhar da espiritualidade». «A vida cultural de Coimbra é rica, intensa, variada e quotidiana mas queremos questionar se é vivida por todos da mesma forma», sublinhou a coordenadora SDPC.

No fundo, este projeto pretende, segundo a responsável, «tirar um pouco a noite de uma certa negatividade e converter esse mundo noturno em luminosidade», afirmou. Para cada data e iniciativa proposta exis­te, assume Cristina Robalo Cordeiro, «um tema para refletir a partir da ideia de “noite”».

De entre os 10 momentos programados, seis são preparados pela equipa do SDPC com instituições de Coimbra, como a Universidade de Coimbra, o Museu Nacional de Machado de Castro, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Repúblicas de estudantes e cafés da Baixa. Os outros quatro momentos desafiam os “viajantes da noite” a revisitar ou descobrir alguns espaços que oferecem programação cultural regular na cidade.

Para adquirir o passaporte é necessária inscrição no site www.passaporte.info. O custo do passaporte (que pode ser levantado a partir de 27 de setembro no Seminário Maior de Coimbra) é de cinco euros e inclui acesso a várias atividades, cujo arranque está marcado para 4 de outubro com “Faz-te ao largo! [Viagem em 3 atos]”, no Seminário Maior de Coimbra, e terá uma cadência de uma vez por mês até 11 de julho.

O Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura de Coimbra, nas palavras do padre Nuno Santos, «quer ser um estímulo no reforço do diálogo entre a cultura e a espiritualidade». Um organismo da pastoral que procura «dar mais um contributo ao que já se faz em Coimbra mas marcar a diferença pelo olhar que coloca» nas ações, destacou o reitor do Seminário Maior de Coimbra.

Nas iniciativas promovidas pelo SDPC há «espaço para o diálogo entre crentes e não crentes, entre fé e razão, entre a cultura erudita e outras expressões culturais», especificou.

O SDPC foi criado em junho por decreto do Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, e é constituído por Cristina Robalo Cordeiro (coordenadora), padre Nuno Santos (assistente), Rui César Vilão, Susana Aires de Sousa, Paulo Gama Mota, Clara Almeida Santos e Maria Emília Martins.|