Programa pioneiro de cirurgia da epilepsia já operou 500 doentes
Estima-se que existam em Portugal entre 50 e 60 mil pessoas com epilepsia, uma doença com origem no cérebro e que se manifesta por crises (descarga anormal dos neurónios) recorrentes. Se a esmagadora maioria consegue controlar estas crises com medicação, em cinco a 10% dos casos estas terapêuticas revelam-se insuficientes, com enormes prejuízos para a qualidade de vida das pessoas. Pioneiro a nível nacional, o Programa de Cirurgia de Epilepsia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) foi criado há 25 anos, precisamente para responder a estes casos de epilepsia refratária e tem-no feito, de acordo com Francisco Sales, de forma cada vez mais diferenciada.
Com uma equipa altamente experiente, realiza hoje uma média de 25 cirurgias (três a cinco são em crianças) e segue cerca de 150 doentes por ano. «Num estudo recente, que fez o follow-up de doentes ao longo de 15 anos, verificámos que um em cada dois doentes ficou completamente sem crises [ver testemunho do primeiro doente operado] e que metade dos restantes conseguiu melhorar muito substancialmente», revela o responsável.
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