Antigos alunos de São Bartolomeu reviveram tempos “durinhos”

São do tempo da palmatória, da reguada e da “menina”, dos rapazes para um lado, raparigas para o outro. E também do “respeitinho”, que as travessuras davam direito a castigo sem clemência. Antigos alunos da Escola Primária de São Bartolomeu voltaram ontem aos bancos de aula para recordações, convívio e o reafirmar de amizades que, em alguns casos, começaram há 80 anos.

Eram travessos, sim senhor, como crianças, que isso não muda com as épocas. Mas em tempo de ditadura, da bofetada corretiva, as coisas “piavam fino”. Aprenderam coisas pouco práticas para vida, outras que deram um jeitão. Sabiam os nomes dos rios, dos afluente e das serras, dos reis e a tabuada de “cor e salteado”. Ah, a tabuada…  Quanto é nove vezes sete? Resposta imediata de Filomena Ramos: 63.

Os números estão lá, num sítio muito acessível na memória, como outras coisas, apesar de já terem passado mais de 60 anos. Filomena recorda que na escola, mista, meninos e meninas só se viam à entrada e à saída. Da classe “pobrezinha”, estava destinada a não fazer mais que a primária, mas com os conselhos da mãe tornou-se esperta e conseguiu, com a artimanha de ter de ficar a fazer os trabalhos na escola, assistir a preparação dos “ricos” para o exame de admissão do que hoje seria de primeiro ciclo. Ou antiga prova da quarta classe.

Organizado por Mário Martins e Carlos Pereira, o encontro juntou 60 antigos alunos, mais dez elementos do Giroflé – Grupo de Cavaquinhos de Coimbra (um dos elementos é antigo aluno). Depois de vista à escola, em que marcaram presença a vereadora Ana Cortez Vaz e Nuno Castanheira, adjunto da direção do Agrupamento de Escolas de Coimbra Centro, e de fotos durante a manhã, o encontro prosseguiu com almoço no restaurante Cantinho dos Reis, com direito a momentos musicais.|