Acusado de furar pneus de 88 carros falta ao julgamento
O homem de 56 anos acusado de ter furado pneus de 88 viaturas na Ribeira de Frades na madrugada do dia de Natal de 2022 faltou hoje à primeira sessão de julgamento no Tribunal de Coimbra. Acusado de 101 crimes, 88 dos quais de danos (três qualificados), seis de ameaça agravada, seis de injúria e um crime de violação de domicílio, o arguido não compareceu em tribunal e o julgamento prossegue, na sua ausência, com a audição das testemunhas, nomeadamente militares da GNR de Taveiro que, além de terem visto os pneus de três das suas viaturas serem danificados naquela ocasião, foram ainda injuriados e ameaçados de morte pelo indivíduo.
A primeira sessão de julgamento estava marcada para as 9h30 de hoje. Apesar das várias chamadas pelo seu nome pela oficial de justiça, o arguido não compareceu.
De acordo com o Ministério Público há 77 lesados e prejuízos na ordem dos 13 mil euros
Recorde-se que o caso remonta à madrugada do dia de Natal de 2022. A arguido, que estava a cumprir uma pena de 22 meses no Estabelecimento Prisional de Coimbra, beneficiou de três dias de uma licença de saída de curta duração, que terminaria a 27 de dezembro.
Na madrugada do dia de Natal, 10 horas depois de ter saído da cadeia, foi até à freguesia de Ribeira de Frades, onde é a sua residência e invadiu a casa do irmão, foi à garagem, e perfurou o pneu de um automóvel.
Depois, já pelas ruas da freguesia, fez o mesmo, sem critério a mais de 80 viaturas, perfurando e cortando os pneus dos carros que se encontravam estacionados e com os quais se cruzava no caminho, inclusive os da GNR de Taveiro. Ali, foram três as viaturas com pneus furados pelo arguido.
Num primeiro momento, o arguido, com histórico de consumo de álcool e drogas, negou ser o autor dos crimes. Aliás, livrou-se do objeto com o qual perfurou os pneus das viaturas. Depois admitiu que o tinha feito e garantiu as autoridades que iria continuar a fazê-lo, tendo injuriado e ameaçado de morte os militares presentes no Posto da GNR de Taveiro.
Estamos a falar de 77 pessoas lesadas, identificadas pelo Ministério Público e de prejuízos na ordem dos 13 mil euros.
O arguido responde assim por 88 crimes de danos, três dos quais qualificados, seis de ameaça agravada, mais seis de injúria agravada e ainda por um crime de violação de domicílio