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Ana Catarina Ferreira é a protagonista da "Entrevista da Semana"

A capitã da seleção nacional de hóquei em patins, vice-campeã no Mundial disputado em Itália, fala do seu percurso na modalidade, de Arazede até ao Telecable Gijón da Liga espanhola

Ana Catarina Ferreira é um dos principais rostos do hóquei em patins feminino português. É a capitã da seleção nacional que, em Itália, conquistou a "prata" no Campeonato do Mundo, numa campanha notável apenas travada na final diante da poderosa Espanha.

Em conversa com o Diário de Coimbra no Pavilhão do Amigos da Freguesia de Arazede, reponde de pronto à questão do "sabor" que a medalha que trazia ao peito tinha: «Sabe muito bem, é sinal de muito trabalho, é sinal de muito esforço. Só temos de estar orgulhosas de sermos vice-campeãs do mundo e estamos muito orgulhosas».

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Ana Catarina Ferreira no Pavilhão do AF Arazede | Foto: Figueiredo

A capitã da seleção nacional recordou o seu percurso que começou no clube da sua terra, o AF Arazede a quem está «grata». «Eu comecei a jogar porque os meus primos jogavam. Eu vivo ao pé do pavilhão, vivo numa aldeia muito pequenina, em que só havia um clube de hóquei e um clube de futebol. Eu praticava os dois, mas eu sempre fui muito próxima dos meus primos e eles os dois jogavam e então eu vim um bocado por arrasto», recordou.

A passagem de seis temporadas na Académica é lembrada de coração cheio -  «Tínhamos um grande balneário e um grande treinador» - bem como recorda o que foi jogar de "leão ao peito" no Sporting.

Ana Catarina Ferreira

Entrevista realizada no Pavilhão da AF Arazede

Vai iniciar a terceira época no Telecable Gijón onde quem está sabe que é para ganhar. No primeiro ano, Ana Catarina Ferreira conquistou a Supertaça, Liga de Espanha, Copa de la Reina e a Liga dos Campeões e no segundo, juntou a Taça Intercontinental ao palmarés.

«Foi um início de sonho e que eu tenho noção que dificilmente se volta a repetir. Eu nunca tinha ganho nada aqui em Portugal e eu quando cheguei lá, estamos na final da Supertaça. Faltavam dois minutos e qualquer coisa. Nós estávamos a ganhar 1-0. Eu pedi para sair porque já estava de rastos e chego cá fora eu não consegui ver mais nada do jogo. Eu estava de cabeça para baixo a chorar. Eu já não sabia se era cansaço, se era o não acreditar que estava a acontecer ou que estava muito perto de acontecer. E quando nós ganhamos, eu perco ali uns segundos a pensar se aquilo era verdade. Incrível!», recordou.

Ana Catarina Ferreira é a protagonista da edição 249 da rubrica Entrevista da Semana que vai para as bancas esta quinta-feira.

Entrevista ana catarina ferreira fig 85
Ana Catarina Ferreira representa as espanholas do Telecable Gijón | Foto: Figueiredo

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