Desportos náuticos para pessoas com deficiência
Crianças e jovens com perturbações do neurodesenvolvimento são os destinatários de um projeto de desporto náutico inclusivo que a Associação Desportiva Naval Remo (ADNR) está a levar a efeito na Figueira da Foz.
Designada “Inclusão Social de pessoas com deficiência através dos Desportos Náuticos”, a iniciativa, com a duração de três anos, tem em vista dar «uma resposta à inclusão social de pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento (PND), tendo em conta as barreiras encontradas por esta população que conduzem ao isolamento social e à dificuldade de integração na comunidade, interferindo na sua qualidade de vida».
A Direção da ADNR considera que através da prática regular de desportos náuticos, como remo, canoagem, surf e stand up paddle, é possível «melhorar o desenvolvimento psicomotor e social de crianças e jovens com PND, num contexto inclusivo»,
A iniciativa, no âmbito do programa de financiamento “Parcerias para a Inovação Social”, do Fundo Social Europeu e gerido pelo Programa Centro 2030, tem como participantes crianças e jovens com PND, nomeadamente com dificuldade intelectual e desenvolvimental (DID) e perturbação do espetro do autismo (PEA), podendo ser do género masculino ou feminino até aos 29 anos (ou idade mental atestada por médico).
Segundo a Naval Remo, as modalidades náuticas «contam com um corpo técnico competente e com a participação da Universidade de Coimbra – Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, sendo esta instituição responsável pela implementação do modelo de participação e pela avaliação dos resultados, revisitando e estabelecendo, se necessário e periodicamente, novos objetivos».
Neste programa de Inovação Social a ADNR conta com a parceria de “Investidores Sociais”, que são designadamente as empresas Dragon Expertise, Lda, Microplásticos, SA, e Quinta do Outeiro – Lar para Idosos, Lda.
Em comunicado, a Associação Naval Remo assegura que está, juntamente com os parceiros investidores sociais e os participantes, motivada para «o início das atividades, acreditando que este programa é o veículo adequado para passar uma mensagem à sociedade em torno da inclusão de pessoas pertencentes a grupos vulneráveis, da igualdade de oportunidades e do plano de acessibilidades, onde todos têm acesso à prática regular de desportos, nomeadamente às modalidades de desportos náuticos»