Palhaços d’Opital já estão instalados no campus IPC
O grito de revolta da Palhaços d’Opital nas redes sociais por uma casa ecoou alto e bom som. Um grito que valeu a pena produzir, porque, numa cidade que se intitula a “capital da Saúde”, mantinha na “rua” uma estrutura associativa que tem por missão desenvolver programas de intervenção artística destinados a seniores em ambiente hospitalar. A partir de ontem, a associação de Coimbra passa a usufruir de uma casa da antiga Escola Agrária.
Jorge Conde, presidente do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) «fez magia, acolhendo-nos, não só neste espaço magnífico, mas também pela energia que nos receberam», resumiu Jorge Rosado, fundador da Palhaços D’Opital. Durante a assinatura do protocolo de cedência do espaço, no piso superior, manifestou o interesse de batizar a sala com o nome do ator Ruy de Carvalho, um «dos homem mais bonitos que conheço, uma pessoa extraordinária e uma inspiração». O imóvel, também conhecido por “Casa Branca”, destina-se a instalar a equipa desta organização para que desenvolva o seu trabalho ainda com mais empenho e determinação, como o tem feito ao longos dos últimos 11 anos.
Jorge Conde destacou isso mesmo, que é «uma honra ter aqui esta organização, pelo seu trabalho e caráter solidário». «Ouvimos o apelo de uma das nossas vice-presidentes, se estaríamos disponíveis para encontrar um espaço e, nós, não sei se felizmente ou infelizmente, temos muito espaço livre, significando que o espaço foi deixando de ser usado, provavelmente porque vamos tendo menos estudantes, e este estava desocupado há vários anos, e cedemo-lo para ter a devida utilização», afirmou.
Não se ficam por aqui os desafios. «Ao virem para aqui, possamos ser parceiros, com um conjunto de cursos e formações que se enquadram naquilo que é o trabalho da Palhaços d’Opital, ou seja, trazer para junto de nós uma organização que possa também trabalhar connosco».
«Mais do que senhorios somos parceiros», sublinhou o presidente do IPC, lamentando que «uma organização como a Palhaços d’Opital tenha passado por dificuldades de espaço, ainda por cima numa cidade que anda a apregoar há 30 anos que é a “capital da Saúde”». «Quando alguém que trabalha e faz um enorme contributo no setor, não tem um parecer favorável», diz.