Mais de 250 pessoas sem-abrigo em Coimbra
A 30 de junho deste ano existiam no concelho de Coimbra 259 pessoas em situação de sem-abrigo (PSSA), menos 13 do que a 31 de dezembro do ano passado. A diminuição de cerca de 5% no número de pessoas nesta condição é um dos dados no relatório do trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Planeamento e Intervenção em Sem-Abrigo de Coimbra (NPISA/C) no primeiro semestre deste ano, que é dado a conhecer hoje na reunião do executivo municipal.
«A 31 de dezembro de 2023 estavam sinalizadas 272 PSSA em Coimbra, sendo que 103 eram consideradas sem teto e 169 sem casa. Este ano, a 30 de junho, existiam 259 PSSA no concelho, 107 encontravam-se em situação de sem teto e 152 sem casa. Assim, verificou-se uma diminuição de cerca de 5% de PSSA, entre 31 de dezembro de 2023 e 30 de junho deste ano», especifica uma nota de imprensa da Câmara Municipal.
Durante os primeiros seis meses do ano, de acordo com o relatório, foram emitidos 10 pareceres para integração de pessoas em alojamento temporário, fornecidas 7.260 refeições/reforços alimentares no Centro de Reforço Solidário de Coimbra (CRESC) e pernoitaram no Centro de Acolhimento de Emergência Noturno um total de 183 pessoas, verificando-se uma média mensal de 31 pessoas a pernoitar neste equipamento.
No que se refere a acolhimento temporário, foram acolhidas um total de 138 pessoas em situação de sem-abrigo: 55 na Farol da Cáritas Diocesana de Coimbra, 46 na Casa Abrigo Padre Américo e 37 no Centro de Acolhimento e Inserção Social da Integrar. As respostas de apartamentos partilhados serviram para acolher 26 pessoas no semestre em análise.
«Todo o trabalho desenvolvido pelas entidades que integram o NPISA/C permitiu melhorar as condições de vida da população em situação de sem-abrigo, nomeadamente na satisfação das suas necessidades mais básicas, tendo sempre como objetivo a retirada da rua desta população», frisa a informação municipal.
O desemprego ou precaridade no trabalho, a insuficiência financeira, a ausência de suporte familiar, dependências de álcool e/ou substâncias psicoativas e problemas de saúde mental são, de acordo com o relatório, os principais fatores conducentes à situação de sem-abrigo.