Doces conventuais num evento que mostra história de Portugal
São mais de duas dezenas de doceiros, do Minho ao Algarve, que em comum têm a dedicação à vasta doçaria de origem conventual existente no país e que marcam, até hoje, presença na terceira edição da Mostra Nacional de Doçaria Conventual do Mosteiro de Lorvão. Há doces para todos os gostos. Muito açúcar, muitos ovos, muita paciência e arte na confeção destes que são doces que eles próprios contam um pouco da história de Portugal.
Do pão de ló de Ovar, às tortas de Azeitão, pasteis de Tentúgal, ovos moles de Aveiro ou cornucópias de Alcobaça. A lista é extensa, mas comecemos pelos doces da casa, que dão o mote para o evento que é promovido pelo Município de Penacova: os pasteis de Lorvão e as nevadas de Penacova, que dão as boas-vindas aos visitantes à entrada dos claustros do Mosteiro de Lorvão, onde decorre o evento.
«É a doçaria da nossa terra, o melhor que temos», comenta Marília Costa, de A Padaria do Largo, notando que apesar da nevada e dos pasteis de Lorvão serem os mais conhecidos, há outros doces, como a lampreia doce, os queijinhos do céu, a botelhada, os palitos e os tolos.
Álvaro Coimbra, presidente da Câmara de Penacova, abriu a mostra, que começou bem concorrida por visitantes, e comentou, também ele, a variedade da doçaria do concelho que tem a vindo a crescer. De resto, esse é um dos objetivos da iniciativa: crescer não só em diversidade de doces, mas também na iniciativa empresarial. «À medida que o público e o turismo vai aumentando, vai despertar empresários a apostar na pastelaria conventual», afirmou, admitindo o sonho de que a nevada e o pastel de Lorvão adquiram o estatuto que outros famosos doces conventuais já alcançaram. «E nós estamos aqui para ajudar», garantiu.