Jovens de Coimbra apresentam desafios à Diocese

Num projeto inédito na Diocese de Coimbra, acaba de nascer o Sínodo dos Jovens, que se propõe a criar um documento com 10 medidas a implementar nas paróquias e comunidades, a partir de 2026. Com coordenação de Maria Mansilha e Francisco Malva, o grupo foi apresentado hoje à tarde e visa envolver, especialmente, jovens com idades entre os 15 e 30 anos.

«Queremos ouvir a tua voz», desafiam os dinamizadores do Sínodo dos Jovens. Mas, o que é afinal Sínodo? Conforme realçou Francisco Malva numa sessão de apresentação, que decorreu ontem à tarde no The Murphy’s Irish Pub, em Coimbra, assenta na ideia de «caminhar em conjunto» e de «reunião».
«A Igreja somos todos nós. Vamos decidir em conjunto o que queremos da Igreja», frisou o jovem estudante de Medicina, explicando que a ideia é «escutar todos», os que estão próximos da Igreja, aqueles que, por alguma razão, se afastaram ou até os que nunca tiveram contacto com a fé cristã.

«Queremos chegar a todos, ouvir o que têm para nos dizer», reforçou Francisco Malva, acrescentando que, entre as linhas de ação, estará a criação de «pequenas assembleias locais, possivelmente em arciprestados, que, na diocese, são nove», mas também uma assembleia de jovens líderes, para elaboração do documento final sobre as medidas a aplicar na diocese.

A sessão de lançamento do Sínodo dos Jovens contou com vários momentos de conversa, conduzidos por Maria Mansilha, sobre vivências de fé. O médico João Arcanjo, que se auto-denominou «um espalha-brasas», testemunhou como «a fez traz paz, alegria, conforto e amor», mesmo num consultório médico. «Muitas vezes, as pessoas só procuram um ouvinte que os escute. Não me inibo de falar de jesus no meu local de trabalho», disse.
Rui Marques (músico da banda Os Quatro e Meia) e Catarina Rebelo (profissional da indústria farmacêutica) são pais do pequenino Pedro, de quase três anos, e assumem que, tal como aconteceu com ambos, fazem questão de o «educar na fé cristã».

Estudante de Informática de Gestão no ISCAC, Maria Carolina Correia deixou o seu testemunho de ligação à Igreja e lamenta o afastamento de muitos jovens.

Ao longo da tarde, não faltaram momentos de música com Pedro Ferreira ao piano e vozes do Coro COD.