Linha de Fuga desafia público a enfrentar medo
“Enfrentar Medos” é o tema global da quarta edição do festival de Artes Performativas Linha de Fuga, um festival de dança contemporânea, aberto a outras expressões artísticas, que também contempla um laboratório internacional e que traz a Coimbra artistas nacionais e internacionais com as suas produções.
A apresentação do Linha de Fuga decorreu ontem no Salão Brazil, com Catarina Saraiva, diretora e curadora do festival a dar conta de algumas particularidades, nomeadamente o facto de «ano após ano, surgirem mais parceiros», isto é, entidades que se associam à realização do festival e que dão um contributo «inestimável» para a sua concretização.
No total, são 18 ações culturais, entre espetáculos, exposições, workshops, conversas e as ações integradas no Laboratório que «pretende ser um campo de experimentação, aprendizagem e troca de conhecimentos coletivos e de práticas artísticas, sem esquecer a interação entre os artistas e o público». O festival Linha de Fuga decorre de 1 a 30 de novembro e o Laboratório de 1 a 25 de novembro.
Catarina Saraiva destaca que as ações culturais acontecem em vários espaços da cidade, propondo uma ou duas peças por semana, promovendo «encontros, questionamentos e lançando sementes».
A diretora e curadora sublinha mesmo a importância do tema do festival, tão oportuno no conturbado mundo contemporâneo, em que é preciso «destacar a importância do poder e da resistência coletiva». É exatamente com esse propósito que o festival “abre” com Conversas sem Medo, que decorre esta quinta-feira no Centro Cultural Penedo da Saudade e abre o ciclo de conversas que pretendem refletir sobre como enfrentar coletivamente os medos.
A diretora do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara de Coimbra, Maria Carlos Pêgo, presente na conferência de imprensa, anunciou um apoio da autarquia de cerca de 22 mil euros para esta edição do Linha de Fuga, afirmando que o evento apresenta uma «programação muito eclética, diversificada».