Autobiografia do Papa chega em janeiro a Portugal
A autobiografia do Papa Francisco, a primeira alguma vez escrita por um Papa, vai ser lançada em Portugal no dia 20 de janeiro pela Penguin Random House, revelou hoje a editora.
O anúncio da publicação mundial daquela que será a primeira autobiografia de um Papa em funções, nas principais línguas, foi feito na quarta-feira pela Mondadori, detentora dos direitos mundiais, na Feira do Livro de Frankfurt.
Em Portugal, “Esperança”, que foi escrita ao longo dos últimos seis anos, será editado pela chancela Nascente, em papel e formato digital, uma semana depois da data prevista para o lançamento mundial.
A autobiografia foi escrita com Carlo Musso, ex-diretor editorial de não-ficção da Piemme e da Sperling & Kupfer, e depois fundador da editora independente Libreria Pienogiorno, de acordo com os desejos do Papa.
Originalmente concebido para ser publicado após a sua morte, este documento ganhará vida mais cedo, devido ao novo Jubileu da Esperança anunciado para 2025, e às necessidades dos tempos atuais, explica a editora.
Segundo Carlo Musso, esta foi “uma aventura longa e intensa”: o trabalho de redação começou em março de 2019 e será concluído nas próximas semanas.
“O livro da minha vida é o relato de um caminho de esperança que não posso imaginar separado do da minha família, da minha gente, de todo o povo de Deus. É também, em cada página, em cada passo, o livro de quem caminhou junto de mim, de quem nos precedeu, de quem nos seguirá”, escreve o Papa na introdução do livro.
“Uma autobiografia não é a nossa literatura privada, é mais o nosso saco de viagem. E a memória não é apenas o que recordamos, mas o que nos circunda. Não fala unicamente do que foi, mas do que será. Parece que foi ontem, mas afinal é amanhã. Tudo nasce para florir numa eterna primavera. No fim, diremos apenas: não recordo nada em que Tu não estejas”, acrescenta.
De acordo com a editora, a autobiografia de Francisco conta com “uma riqueza de revelações e histórias inéditas, comoventes e muito humanas, pungentes e dramáticas, mas também capazes de um verdadeiro humor”.