Catálogos das 19 bibliotecas municipais da CIM Coimbra com acesso único

Até ao final do ano, as 19 bibliotecas que constituem a Rede Intermunicipal de Bibliotecas da Região de Coimbra vão ter à disposição um catálogo agregador, que permite o serviço de empréstimo entre bibliotecas, dando possibilidade aos cidadãos de aceder aos fundos documentais de toda a rede.
Deste modo, sublinhou Jorge Brito, presidente da Comissão executiva da CIM Região de Coimbra, é possível «atenuar assimetrias de acesso à informação», contribuindo para a coesão territorial. «A partir de agora, quebram-se barreiras geográficas e temporais entre bibliotecas, permitindo que qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer lugar, tenha acesso a um vasto universo de informações», acrescentou Emílio Torrão, presidente da CIM Região de Coimbra

A criação desta plataforma tecnológica comum de um catálogo intermunicipal é uma das medidas decorrentes do investimento de 242.804,80 euros, totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), relativo à medida C04-i01.m01 (submedida: Aquisição de equipamentos informáticos, bibliotecas itinerantes online e sistemas de informação e catálogos integrados, em 239 bibliotecas públicas).
O financiamento permitiu a aquisição de 160 computadores para as 19 bibliotecas municipais, sendo que as estruturas que receberam um maior volume de aparelhos - 18 cada uma - foram as de Arganil e de Penacova.

A secretária de Estado da Cultura, Maria de Lurdes Craveiro, presente na sessão, defendeu o investimento público no desenvolvimento cultural. «Estes investimentos não terão uma projeção imediata», já que «assim é com a cultura e o conhecimento», referiu, ao intervir na sessão “Redes culturais e transição digital nas bibliotecas públicas da Região de Coimbra no âmbito do PRR”, realizada na Biblioteca Municipal Jorge Bento.

Na ocasião, um protocolo de adesão à BiblioLED – Biblioteca Pública foi assinado entre a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, presidida pelo autarca Emílio Torrão, e a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), cujo subdiretor-geral, Bruno Eiras, esteve presente.

Na opinião da secretária de Estado da Cultura, o investimento na transição digital «melhorará o trabalho dos profissionais», contribuindo para «um futuro mais promissor» da cultura em Portugal, com «uma cidadania mais informada e inclusiva».

Emílio Torrão, salientou que numa altura em que a informação «se propaga a uma velocidade inimaginável», as bibliotecas «enfrentam o desafio de se adaptar e reinventar».