18% dos inscritos no IEFP em Coimbra são imigrantes
Num universo de cerca de 9.000 inscritos atualmente no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Coimbra, 18% são imigrantes, o que corresponde a sensivelmente 1.620 pessoas, revelou hoje António Pinto, técnico do IEFP, na sessão informativa sobre a integração de pessoas migrantes no mercado de trabalho e vicissitudes da relação laboral.
Num encontro que decorreu na casa da Cultura de Coimbra, por iniciativa do Município de Coimbra, António Pinto revelou ainda que, ao nível de nacionalidades de origem dos migrantes que procuram emprego, a esmagadora maioria são brasileiros, mas há também muitos ucranianos e oriundos dos PALOP, sobretudo de Angola, bem como alguns da Guiné-Bissau. «A questão dos migrantes vem acrescentar mais complexidade, mais paradoxo», afirmou o técnico, explicando que neste processo de procura e oferta de emprego «devemos olhar para os seus conhecimentos, experiência profissional» porque se tratam de cidadãos oriundos de «um meio diferente, com experiências diferentes».
Entre as dificuldades em dar resposta a estas pessoas está a acreditação e processos de equivalência relativamente à formação que trazem, mas há também as barreiras linguísticas, pelo que a formação em português como língua de acolhimento é prioritária.