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Gonçalo Henriques: “Nunca imaginei que fosse possível”

Piloto poiarense é a "figura" da Entrevista da Semana da secção de Desporto do nosso Jornal. Jovem sagrou-se bicampeão nacional de ralis em duas rodas motrizes naquele que foi o terceiro ano consecutivo a ganhar títulos. “Doente” por ralis, despertou para esta paixão a acompanhar a carreira do pai e não esconde que quer subir de patamar na modalidade

Diário de Coimbra Bicampe­ão nacional de ralis em duas rodas motrizes. Algumas vezes imaginou que seria possível?
Gonçalo Henriques Sonhei muito em chegar longe nos ralis, mas sei das dificuldades que é montar um projeto com esta dimensão e, por isso, se calhar nunca imaginei que fosse possível. Claro que o sonho esteve sempre lá, mas sinceramente nunca pensei que conseguisse lá chegar tão rapidamente.

Em que momento acreditou que era possível ser novamente campeão?
Começámos bem porque ganhámos o primeiro rali. Depois, tivemos um problema na caixa de velocidades no segundo rali, enquanto no terceiro estávamos em segundo, e amealhávamos pontos importantes para o campeonato, e tivemos um problema mecânico. Os nossos crédi­tos quase que morreram ali e estávamos apenas no início do campeonato. Queríamos continuar a lutar, é claro, e fizemos todos os esforços para recuperar. A quarta prova vencemos, foi o Rali de Portugal. Depois, por es­sa altura, estávamos com os pontos semelhantes ao segundo classificado e fomos disputar o Rali de Castelo Branco, que é a primeira prova de asfalto do campeonato. O meu adversário mais direto teve um acidente, não conseguiu terminar a prova, nós vencemos e ficámos isolados na liderança do campeonato. A partir daí, como é óbvio, acreditámos que era possível, apesar das limitações que tínhamos ao nível do orçamento. Tínhamos de fazer uma gestão rigorosa porque não podíamos desistir mais nenhuma vez. Fomos à prova na Madeira gerindo mui­to o nosso andamento, em Chaves conseguimos andar no ritmo dos pilotos da frente, ficámos em segundo e mantivemos a liderança do campeonato. Chegámos ao derradeiro rali, o do Vidreiro, a precisar apenas de um quarto lugar para nos sagrarmos campeões e acabámos por ganhar. Fechámos com “chave de ouro”.

Qual foi o rali mais difícil?
O mais difícil foi o Terras D’Aboboreira porque logo na primeira classificativa demos dois toques, houve muita chuva… Estivemos sempre na luta pelo rali, mas nunca conseguimos realmente concretizar os tempos mais rá­pi­dos. Estivemos sempre em segundo, mas não conseguíamos passar para a frente. Acabámos por ter um furo numa classificativa e no final partiu uma rótula de suspensão e desistimos. Foi mesmo o pior rali para nós. Aconteceu-nos tudo o que podia acontecer.

 

 

"Sonhei muito em chegar longe nos ralis"

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