Casa-Museu Miguel Torga vai acolher Universidade Popular de Coimbra

A Universidade Popular de Coimbra (UPC) vai nascer no âmbito de um protocolo que o Ateneu de Coimbra assina com a Câmara Municipal, na segunda-feira, devendo funcionar na Casa-Museu Miguel Torga.

“Agora nas condições da vida democrática, a UPC iniciará atividade no seio do Ateneu de Coimbra, empenhada em promover o conhecimento e a formação nos domínios cultural, científico e técnico”, disse hoje à agência Lusa o presidente da direção da coletividade, Manuel Rocha.

De 1925 a 1933, recordou, a então Universidade Livre de Coimbra “desenvolveu atividade” na cidade, “seguindo o exemplo das demais universidades populares”, criadas entre o final do século XIX e o início do século XX, “reunindo vontades e contributos interessados na instrução” da população.

Um século depois, as iniciativas de formação da UPC “serão lecionadas por especialistas daquelas áreas”, acrescentou Manuel Rocha.

“Além da proposta de cursos, seminários e demais ações de estudo e de trabalho, a UPC propõe-se editar materiais de apoio diversos nos suportes físico e digital”, referiu.

A Universidade Popular funcionará na Casa-Museu Miguel Torga, “há anos convertida em espaço municipal de evocação da vida e da obra do reconhecido escritor e poeta”, que abrirá o seu auditório às atividades da UPC, ao abrigo do acordo de colaboração que o Ateneu, coletividade popular da Alta de Coimbra, fundada em 1940, celebra com a autarquia na segunda-feira.

“A assinatura do protocolo marca o início de uma atividade em que o apoio da Câmara Municipal de Coimbra se revela essencial no reconhecimento da importância da divulgação do saber, num quadro de valorização do papel que a cultura e a reflexão crítica assumem nas sociedades contemporâneas”, salientou o dirigente associativo.

A atividade regular da UPC começa em novembro, “respondendo à crescente procura de formação ao longo da vida, elemento fundamental de enriquecimento pessoal e da construção da intervenção informada na sociedade”, adiantou.

Manuel Rocha revelou que a proposta de avançar com a criação da UPC partiu do sócio do Ateneu de Coimbra António Avelãs Nunes, professor catedrático jubilado e antigo diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.