Milheiriça: mais do que um sonho é um vinho que conta uma bela história

“As histórias mais belas começam com pequenos detalhes”. É assim, com pequenos detalhes e grandes manifestações de amor, que começamos a contar a história de Renato Rosa. Ou melhor. A história de um sonho antigo deste jovem empresário de Almalaguês, que é rosto d’ O Paladar, um espaço de restauração naquela freguesia.

Natural de terra de vinhas e de vinho, apreciador e, desde muito novo, ligado ao “mundo do vinho”, Renato alimentou, desde sempre, o desejo de se aventurar no lançamento de uma marca própria, de um vinho “seu”. O facto de não ser produtor, de não ter vinhas suas, fê-lo adiar a concretização do sonho, mas nunca a vontade de desistir. Até porque foi sempre sendo incentivado por amigos e conhecidos.

«Era uma ideia que ia sempre alimentando», conta ao Diário de Coimbra. De tal maneira que um dia ganhou coragem e lançou o desafio aos produtores da região do Douro, responsáveis pela marca “100 hectares” para que produzissem vinho com a sua marca… Para seu espanto, «eles disseram logo que sim» e deu-se, com este pequeno detalhe, o primeiro grande passo para que Renato Rosa pudesse, finalmente, concretizar o seu sonho e iniciar, assim, a história do vinho Milheiriça, que será apresentado oficialmente a 4 de novembro, data do aniversário do Restaurante O Paladar.

Engane-se quem pensa que a história deste vinho fica por aqui. Aliás, o Milheiriça, um vinho do Douro de «gama média, alta» que Renato Rosa deseja que esteja à mesa de muitas pessoas dentro em breve, é um pequeno detalhe de uma história, de uma bela história de amor, que, como confessa Renato Rosa, «começa com uma simples letra». Mas, deixemos, então, que seja o jovem empresário a contá-la....

«Não queria apenas lançar uma marca de vinho. Queria que ela contasse uma história. A minha ideia é que a marca andasse à volta da letra “M”. M de Maria, Mina a minha avó; M de mãe; M de mulher, a minha e M de Madalena, a minha filha», confirmou Renato Rosa, não deixando de se emocionar com a carga que uma “simples” marca de vinho tem na sua vida. O vinho, que não se pôde chamar “M”, esteve quase a chamar-se “Passaroca”, que é o «nome carinhoso» com que a sua avó, agora com mais de 90 anos, trata a bisneta Madalena.

Burocracias não deixaram que Renato Rosa concretizasse este sonho. Mas é um pequeno pormenor para uma história tão bela como é a desta marca de vinho, que ganha o nome de Milheiriça, a terra, em Almalaguês, onde nasceu e cresceu, onde “a malta” se junta para ir jogar à bola, onde se reúnem os escuteiros, onde todos se juntam no café e também uma zona de vinhas, como não poderia deixar de ser, como partilha, orgulhoso, e convicto de que, assim, concretiza um outro sonho: «celebrar as raízes e a nossa terra».

Orgulho que não se fica por aqui. Até porque não é só bela a história desta marca de vinhos. Renato Rosa contou com a ajuda da designer Vera Carvalho e da ilustradora Márcia Santos, da “Ilustração ao Vento” para criar um belo rótulo para este vinho tão especial, no qual não faltam a pequena Madalena e os seus puxinhos, mas também uma passaroca, em homenagem, que não poderia faltar, à avó Mina, cujo afeto, também é celebrado neste novo vinho.

É para celebrar o Milheiriça – agora apenas tinto, mas que Renato Rosa sonha agora lançar também em branco – que o empresário convida todos a conhecer o seu vinho já no próximo dia 4 de novembro, naquela que é a festa de aniversário d’O Paladar, o restaurante, em Almalaguês, onde terá à venda algumas garrafas para que, como sempre desejou, a sua marca possa estar à mesa do máximo de pessoas possível. O Milheiriça merece página de Facebook  (https://www.facebook.com/vinhomilheirica) e Instagram (M de Milheiriça), para quem quiser acompanhar esta tão bela história... que terá certamente cenas dos próximos capítulos.