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Região de Coimbra tem mais de um milhão de euros para a transição energética

Diferentes projetos vão beneficiar dos apoios do C-REST

Os municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra podem apostar na transição energética sustentável ao abrigo de um investimento superior a um milhão de euros, cujo contrato foi hoje celebrado.

Os diferentes projetos das 19 autarquias que integram a CIM irão beneficiar dos apoios do “C-REST: Região de Coimbra rumo à Transição Energética Sustentável”, aprovado em setembro no âmbito do programa ELENA - European Local Energy Assistance.

Presente na cerimónia, na sede da CIM, em Coimbra, a secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, afirmou que “o trabalho que o poder local faz junto da população é crucial” para alcançar as metas da descarbonização e da intensificação do uso de energias renováveis.

Nesta matéria, lamentou, há em Portugal “indicadores bastante preocupantes” e tem ocorrido “falta de eficácia” na aplicação das medidas adotadas com esse objetivo.

“Nunca podemos esquecer que no centro disto tudo estão os cidadãos”, disse Maria João Pereira, para defender que importa “transformar cada cidadão num produtor consumidor” de energia, “rumo à neutralidade carbónica em 2045”, como define o atual Governo, antecipando em cinco anos a anterior meta, que era 2050.

O presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, que interveio na sessão na qualidade de vice-presidente da CIM de Coimbra, considerou o contrato assinado hoje com o Banco Europeu de Investimento (BEI) “essencial para a região e para o país”, sendo o "C-REST" o "único projeto do programa ELENA em curso em Portugal e o primeiro a ser desenvolvido por uma comunidade intermunicipal”.

“A CIM da Região de Coimbra está empenhada em contribuir eficazmente nesta transição, consciente de que é a chave para o futuro mais sustentável e de que estes desafios não podem ser ignorados e necessitam de ações concertadas e da sensibilização de todos”, acrescentou.

Na opinião do autarca, esta é também “uma oportunidade para acelerar a transição energética, através do investimento em pesquisa e desenvolvimento, da criação de políticas públicas favoráveis e, sobretudo, da mobilização da sociedade”.

Por sua vez, o secretário executivo da CIM, Jorge Brito, explicou que o contrato de financiamento consagra um custo elegível de 1.050.000 euros, a par de 90% não reembolsável do investimento global.

“Em termos de governança, a CIM terá de operacionalizar com todos os municípios”, adiantou.

Na sessão, usaram ainda da palavra João Fonseca Santos, responsável do BEI em Portugal, e Dinis Rodrigues, coordenador do programa ELENA.

Outubro 25, 2024 . 14:36

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