Despistes responsáveis por 43,5% das mortes nas estradas até junho
Apesar de ter sido a colisão o acidente mais frequente nas estradas portuguesas, o despiste foi responsável pela grande maioria das vítimas mortais nas estradas portuguesas nos primeiros seis meses deste ano, confirma a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) que hoje divulgou um relatório sobre a sinistralidade rodoviária em Portugal até final de junho deste ano.
De acordo com o documento, os despistes representam 33,4% do total de acidentes registados neste período, tendo sido responsáveis por 43,5% das vítimas mortais. Quanto à colisão, corresponde a 52,9% dos acidentes registados em Portugal até junho, 41,1% das vítimas mortais e 45,8% dos feridos graves.
Igualmente pertinente no relatório hoje divulgado é o facto de o número de vítimas mortais dentro das localidades (um total de 124) ser superior ao apurado fora das localidades (90), o que significa, de acordo com o documento, um aumento que quase 10% dos óbitos dentro das localidades, face ao registado no ano passado.
Quanto ao tipo de via, nos primeiros seis meses de 2024, 63,0% dos acidentes ocorreram em arruamentos, representando 35,0% das vítimas mortais e 47,7% dos feridos graves. Nas estradas nacionais ocorreram 19,5% dos acidentes, com 35,0% das vítimas mortais e 28,3% dos feridos graves. Sempre com aumento em relação ao ano passado. Nas autoestradas, registou-se um aumento de 1 vítima mortal, mas uma diminuição de 11 feridos graves em relação a 2023.
Relativamente à categoria de utente, e considerando as vítimas mortais, 72,9% do total correspondiam a condutores, enquanto 15,4% eram peões e 11,7% passageiros. Com diminuição face a 2023 nos passageiros, assim como nos condutores e peões.