“Ser pobre no meio dos pobres faz a diferença” e assim são as Criaditas
O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, considerou ontem «diferente» a obra das Criaditas dos Pobres em relação às demais obras sociais na medida em que as irmãs não prestam apenas auxílio aos pobres, mas são elas próprias pobres por opção para melhor poderem servir.
«O que faz a diferença nas Criaditas dos Pobres em relação a tudo o resto é apenas uma coisa: não é apenas fazer o discurso ou ajuda aos pobres, é ser pobre no meio dos pobres», disse D. Virgílio Antunes, na eucaristia que assinalou o centenário desta congregação religiosa que, em Coimbra, foca a sua missão no auxílio aos mais desfavorecidos.
D. Virgílio Antunes recuou ao seu tempo de seminarista em Coimbra e ao seu primeiro contacto com as Criaditas, recordando «um certo encanto» que via e ouvia dos muitos que falavam destas irmãs, nomeadamente monsenhor João Evangelista. «Tive algumas possibilidades de encontros com elas, vou relatar um», disse o prelado, recuando à época em que as irmãs procuravam uma casa para estabelecer uma comunidade, recebendo da Diocese de Coimbra um edifício na Leirosa, que elas aceitaram de bom grado por considerarem que ali existia uma comunidade a precisar «de acompanhamento».
«A casa tinha tudo», disse o bispo, mas elas não queriam nada.
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