UE estudará todas as formas de "aliviar crise imediata" provocada pelas cheias
A Comissão Europeia vai estudar "todas as possibilidades" para "aliviar a crise imediata" causada pelas inundações em Espanha, em especial, na região de Valência, disse hoje o vice-presidente do executivo comunitário, Maros Sefcovic.
"Em relação à dramática situação de Valência, gostaria apenas de dizer que na Comissão Europeia estudaremos todas as possibilidades de aliviar a crise imediata", disse Maros Sefcovic, numa audição no Parlamento Europeu.
Maros Sefcovic é atualmente um dos vice-presidentes da Comissão Europeia e deverá voltar a integrar o próximo executivo comunitário como comissário do Comércio e Segurança Económica, Relações Interinstitucionais e Transparência.
Os novos comissários – que deverão tomar posse no início de dezembro - têm de ser ouvidos no Parlamento Europeu antes de serem confirmados nos cargos, numa audição a que hoje se submeteu Maros Sefcovic.
Numa resposta aos eurodeputados, Maros Sefcovic lembrou a possibilidade de Espanha acionar o mecanismo de proteção civil e de serem desbloqueadas verbas do fundo de solidariedade da União Europeia (UE).
Neste caso, afirmou que a Comissão está a ver a possibilidade de "rever a priorização dos fundos disponíveis", atendendo à "devastação e à tragédia humana":
Também o comissário de Gestão de Crises, Janez Lenarcic, reiterou hoje a disponibilidade para ajudar Espanha por causa das inundações, que classificou como uma tragédia sem precedentes.
Janez Lenarcic fez estas declarações depois de ter recebido hoje em Bruxelas o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, Jose Manuel Albares.
O Governo espanhol já disse que iria recorrer a fundos europeus para responder às consequências das inundações.
O leste de Espanha, em especial a região de Valência, foi atingido na terça-feira por um temporal que causou, provavelmente, as maiores inundações da Europa neste século, disse o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no sábado, reconhecendo haver uma “situação trágica” e uma resposta insuficiente das autoridades até então.
Há até agora 217 mortos confirmados e dezenas de famílias continuam a procurar pessoas desaparecidas, segundo as autoridades.
Além das vítimas mortais, o temporal causou danos em habitações, empresas e infraestruturas de abastecimento, comunicações e transportes.