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Envelhecimento mais ativo nos 19 municípios da CIM de Coimbra

Plano nacional escolhe região para teste devido às “caraterísticas únicas”

Os 19 municípios da Região de Coimbra vão dinamizar um projeto-piloto na área do envelhecimento ativo, que poderá ter impacto e ser exemplo no país e no mundo. Ontem, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) e o Centro de Competências de Envelhecimento Ativo (CCEA) assinaram um protocolo que vem com oportunidades e desafios na «construção de um futuro sustentável e de territórios amigos de todos/as».

O projeto-piloto, apresentado por Nuno Marques, diretor do CCEA, está relacionado com o modelo de monitorização dos indicadores de envelhecimento. Os indicadores mundiais estão a ser definidos por uma task-force, liderada por Portugal, e vão ser testados na CIM-RC para possível adoção pela Organização das Nações Unidas e aplicação, em termos mundiais, a partir de 2027.

De acordo com Nuno Marques, os indicadores vão ser testados em 2026 na Região de Coimbra, para posterior aprovação por todos os estados--membros das Nações Unidas no novo plano mundial para o envelhecimento ativo previsto para 2027.

«O nosso plano nacional termina em 2026 para depois estar articulado e enquadrado com o plano mundial, do qual estamos a fazer parte muito ativamente na sua definição por termos sido o primeiro país europeu a ter um plano de ação para o envelhecimento ativo implementado», acrescentou.

A seleção da CIM-RC para projeto-piloto prendeu-se com as características únicas da região, com litoral e interior, áreas com maior e menor densidade populacional, mas também, entre outras razões, pelo conhecimento e aposta que tem feito na área do envelhecimento ativo. Com a assinatura do protocolo procura-se que todos os concelhos da CIM definam, a partir do plano nacional e dos princípios das “comunidades e cidades amigas do envelhecimento da OMS”, que atividades devem implementar no terreno. Embora haja na CIM-RC planos dedicados ao envelhecimento, falta a abrangência ao longo do ciclo de vida, que é o grande objetivo do plano mundial, observou Nuno Marques.

«Se queremos melhorar a qualidade de vida acima dos 65 anos precisamos de ter uma atuação transversal ao longo da vida, para que as pessoas envelheçam bem e, para isso, tem de ser dado o conhecimento e as condições no terreno», salientou.

A vice-presidente da CIM, que assinou o protocolo, assinalou a importância da escolha da Região de Coimbra, acreditando que os 19 municípios terão uma palavra determinante no que vai acontecer no país e a nível mundial. As atividades e áreas em questão são transversais a serviços municipais, observou Helena Teodósio.

Novembro 5, 2024 . 08:10

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