Marcelo volta alertar para necessidade de cumprir o PRR que “está muito atrasado”
O Presidente da República voltou hoje a alertar para a necessidade de cumprir o Plano de Recuperação e Resiliência que está “muito atrasado”, defendendo que, a par, da aprovação final do OE é o grande desafio deste ano. “Penso que há, este ano, dois ou três grandes desafios e são esse que me preocupam. Um era que o orçamento passasse. Já vamos a meio caminho, mas ainda não passou tudo. É preciso que passe na votação final global”, começou por afirmar Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado pelos jornalistas. “Era muito importante que o PRR fosse cumprido. O PRR está muito atrasado, não é atrasado é muito atrasado. Nós gastamos até agora menos de seis mil milhões [de euros] e temos para gastar ao todo 22 mil milhões [de euros] e temos em teoria até final de [20]25, esticando até [20]26”, declarou.
Em julho, no distrito de Viseu, o Presidente da República desafiou o Governo a imitar a Stellantis na execução do PRR, depois de o ministro da Economia ter assumido que aquela empresa automóvel é um exemplo para o setor. “Estava a ouvir o presidente [da Stellantis] Carlos Tavares e o ministro da Economia, que é também fogoso, e estava a dizer comigo mesmo: da mesma maneira que com a Stellantis foi possível ter, em relação à agenda mobilizadora, 51% de cumprimento em um ano, é preciso que o PRR, todo ele, a taxa de cumprimento se aproxime dos 51% e os ultrapasse rapidamente, que não temos todo o tempo do mundo”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa. Para Marcelo, “o Estado tem de pôr os olhos na Stellantis de tal maneira que em todos os setores onde o dinheiro está disponível ou vai estar mais disponível, ele possa chegar aos destinatários finais, aos beneficiários finais que são os portugueses”.