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CIM pede ao Governo que inspecione a ERSUC

"Isto é inconcebível. Depois de décadas a investir em infraestruturas de gestão e tratamento de resíduos, a fatura dos contribuintes está cada vez mais alta, enquanto o serviço de resíduos está a piorar", destaca Emílio Torrão, presidente da CIM Região de Coimbra

A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) solicitou ao Governo que despolete uma ação inspetiva pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) para «verificar o cumprimento das condições contratuais e a eficiência com que o sistema de gestão e tratamento de resíduos» da ERSUC «está a ser gerido».

Em comunicado, a CIM recorda que não é de hoje a «profunda preocupação» por si demonstrada «face ao estado atual em que se encontra o setor dos Resíduos, nomeadamente no que ao operador ERSUC diz respeito», nomeadamente os «sucessivos aumentos de tarifas e a delapidação da qualidade de serviço» que, de acordo com o documento, «estão a colocar os municípios perante inúmeros desafios, nomeadamente de sustentabilidade financeira que, por validação do regulador, acabam sempre em aumentos de tarifa e com repercussões nos munícipes».

Citado no comunicado, Emílio Torrão, presidente da CIM Região de Coimbra diz que «é com grande apreensão que se constata que o setor se encontra numa situação crítica, fruto das opções estratégicas e trajetória errática das últimas décadas, que culminaram em aumentos tarifários superiores a 160% nos últimos 5 anos, sem haver qualquer reflexo na qualidade do serviço prestado pelos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos, conforme comprovam os vários relatórios emitidos recentemente pela APA e pela ERSAR».

De acordo com o documento, os autarcas «estão preocupados com o aumento brutal dos custos de gestão de resíduos que se tem verificado nos últimos anos e que não tem tido qualquer reflexo na qualidade do serviço prestado pela entidade gestora em alta, ERSUC, que continua a apresentar indicadores de desempenho insuficientes e a enviar mais de 76% dos resíduos para aterro».

«Isto é inconcebível. Depois de décadas a investir em infraestruturas de gestão e tratamento de resíduos, a fatura dos contribuintes está cada vez mais alta, enquanto o serviço de resíduos está a piorar», destaca Emílio Torrão.

Novembro 7, 2024 . 12:20

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