Comunidade do Alqueidão unida pela história, cultura e tradições

São 12 atores em palco e têm vindo a trabalhar afincadamente no projeto. Sem experiência, despidos de preconceitos, responderam ao desafio do produtor Emanuel Rodrigues e da Junta do Alqueidão. A presidente, Clarisse Oliveira, é uma das intervenientes, a mãe do produtor também disse “presente”, o mesmo acontecendo com outros residentes. Falamos do espetáculo “Na Outra Margem”, que estreia amanhã à noite.

«Correu muito bem», conta o produtor, e isso aconteceu porque «não estamos a fazer uma peça de outros», antes a participar de forma ativa na construção de um projeto e «sentem que tudo tem um bocadinho de seu». Por isso também se empolgaram com os cenários e os adereços e não viraram a cara a um ensaio no domingo de manhã, o derradeiro depois de dois meses de trabalho.

Um ensaio realizado no antigo Clube do Alqueidão, «onde nos anos 70 se realizavam os bailes antes da construção da Casa do Povo», refere. Um espaço que atualmente funciona como armazém da empresa Agro-Mondego, cujo proprietário, igualmente conquistado pelo projeto, fez questão de desocupar, retirando as máquinas que comercializa. Depois, empenhou-se em pintar o espaço, cabendo à comunidade proceder à montagem dos restantes equipamentos, nomeadamente a plateia e o sistema de som. Esta recuperação do espaço também está a mexer com a comunidade. «As pessoas estão empolgadas com a perspetiva de regressar ao antigo Clube para assistir ao espetáculo», refere Emanuel Rodrigues.