Mulher vai para a cadeia por ter abandonado o pai à sua sorte
«Sendo a arguida licenciada em psicologia, não tendo mostrado qualquer arrependimento, não assumindo os atos que praticou e não revelando qualquer capacidade de autocrítica, não é possível qualquer juízo de prognose favorável à suspensão da execução da pena». Quem o diz são os juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Coimbra que condenaram a cinco anos de prisão efetiva a mulher de 60 anos que durante vários anos deixou o seu pai ao abandono, sem sequer ter acesso à reforma que a arguida gastava em seu proveito pessoal.
Julgada no Tribunal de Coimbra, a arguida foi condenada, em abril último, a uma pena suspensa de cinco anos mas o Ministério Público recorreu desta suspensão e viu o Tribunal da Relação de Coimbra concordar com esta posição fixando-lhe uma pena de prisão efetiva de cinco anos. «Não estamos perante um comportamento isolado, mas que durou anos, sendo de uma enorme ilicitude e revelando uma personalidade deformada, cruel e sem qualquer empatia pelo próximo», escrevem os juízes desembargadores de uma decisão que ainda pode ser alvo de recurso para o Supremo Tribunal de Justiça.
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