Isabel Damasceno não vai recandidatar-se a presidente da CCDRC
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno, admitiu esta semana que não irá recandidatar-se ao cargo.
Numa entrevista ao jornal ‘online’ Eco, inserida no podcast ‘Eco dos Fundos’, a presidente da CCDRC revelou que não pretende dar continuidade ao cargo que ocupa desde 2020, altura em que começou por substituir Ana Abrunhosa, convidada para integrar o executivo de António Costa, e mais tarde, já eleita para um primeiro mandato.
“Tenho planos muito firmados na minha cabeça. Não haverá eventual recandidatura”, disse Isabel Damasceno, assegurando que, enquanto estiver no cargo, estará “empenhadíssima”.
“A minha carreira como presidente da CCDR Centro faço-a com grande gosto. Enquanto estiver, estarei de alma e coração, empenhadíssima. Mas julgo que faz todo o sentido, no próximo ato eleitoral, que se imagina que seja após as eleições autárquicas (é o que está previsto), dê lugar a outro. E vou gozar a minha reforma, que também preciso”, explicou ao Eco.
A passagem da região Oeste e Vale do Tejo da CCDRC Centro para a CCDRC de Lisboa já não vai ser testemunhada por Isabel Damasceno, que entende como uma “perda”.
“Foram muitos anos deste trabalho próximo quer com os autarcas do Médio Tejo, quer com os autarcas do Oeste, consideramo-los como fazendo parte da região. É evidente que a sua saída é uma perda. Se do ponto de vista estratégico é a vontade deles, nunca estamos aqui para complicar a vontade de ninguém. Se estão convictos de que, do ponto de vista do que pretendem, do seu desenvolvimento, da sua afirmação no território é a melhor solução, sim senhor. Partem, é como quando vemos partir os filhos também nos custa muito, mas percebemos que pode ser para o bem deles e aqui é um bocadinho isso. Mas custa um bocadinho. É uma perda”, disse.
Isabel Damasceno, antiga presidente da Câmara de Leiria, eleita pelo PSD, assumiu o cargo de presidente da CCDRC em janeiro de 2020, aquando da saída de Ana Abrunhosa. No mesmo ano, em outubro, foi eleita para continuar no cargo para um mandato de cinco anos.
As CCDR são serviços desconcentrados da Administração Central, dotados de autonomia administrativa e financeira, incumbidos de executar medidas para o desenvolvimento das respetivas regiões, como a gestão de fundos comunitários.