Apicultura é uma “paixão” e também se faz no feminino
Com a ação de formação “A apicultura no feminino”, que decorre hoje e amanhã, o município de Pampilhosa da Serra pretende desmistificar o conceito de que apicultura é uma atividade desenvolvida apenas por homens. E Marisa Monsanto é um exemplo disso mesmo, alguém que fala com verdadeira «paixão» sobre o mundo das abelhas e da apicultura que desenvolveu nas encostas de Dornelas do Zêzere.
Um dia, Marisa viu-se sem emprego de decidiu desenvolver um projeto apícola. Da atividade percebia pouco, mas hoje é especialista e fala com verdadeiro entusiasmo das abelhas que já lhe provocaram a sensação de «amor-ódio», mas das quais nunca mais se conseguiu afastar.
«É um fascínio, abrir a colmeia, ver a evolução, o mel, os favos», resume, afirmando que as pessoas «não têm noção da organização e do trabalho destes seres» que, frisa, «só vivem 21 dias». «Falamos muito da formiga, mas a abelha tem uma organização esplêndida», garante.
Marisa Monsanto iniciou-se na apicultura em 2010/11, na altura desempregada. «Queria algo relacionado com a natureza», recorda, explicando o que o pai «sempre teve dois ou três cortiços», pelo que a atividade não era necessariamente nova na família, mas dela Marisa pouco ou nada percebia. «Nunca nada me puxou para esta área, eu ajudava, mas era uma coisa muito artesanal», recorda.