Real Confraria recria matança do porco
Real Confraria da Matança do Porco realiza hoje o seu 14.º capítulo, no Parque Biológico, em Miranda do Corvo, contando com a presença de confrarias de todo o país. Trata-se de celebrar o aniversário, em ambiente de festa, com a recriação da matança tradicional e a degustação das especialidades que lhe estão associadas. O programa começa com o “desjejum”, um pequeno almoço «recheado de iguarias relacionadas com o porco e que chama a atenção para uma gastronomia tradicional, que apela ao aproveitamento integral da rês», refere a organização. Segue-se a celebração da missa e, depois da foto de “família”, é recriada a matança tradicional (12h00), a cargo do Grupo Etnográfico Tecedeiras dos Moinhos.
O “jantar da matança” começa às 14h30, no Hotel Parque Serra da Lousã, com uma ementa que, naturalmente, faz jus à carne de porco e à tradição da matança. A acompanhar, estão os néctares produzidos pela Fundação, vinhos com «propósito social», que representam um brinde à inclusão. Isto porque todo o processo, desde o tratamento das vinhas, à vindima e trabalho na adega, conta com a colaboração de utentes da ADFP, uma boa parte dos quais padecem de doenças do foro mental.
A participação no capítulo tem um custo de 35 euros por pessoa, com 10% deste valor a reverter para a valência de apoio a crianças e jovens da Fundação.
Constituída em 2007, a Real Confraria da Matança do Porco é um projeto com a assinatura da ADFP, que surgiu para «afrontar a política fundamentalista da ASAE» que, na época, «parecia querer condenar à extinção» práticas e produtos tradicionais que «fazem parte da memória coletiva nacional», refere. |