Letra Corrida leva a leitura aos mais pequenos

Celebrar a palavra, o livro, a leitura, a literatura e a ilustração é o grande desafio do Letra Corrida - Festival de Literatura Infantojuvenil de Coimbra que foi apresentado ontem e que tem data de início marcada para 25 de novembro, no 1.º Jardim Escola João de Deus, onde será apresentado o hino do festival, cuja letra é da autoria de Amadeu Diniz da Fonseca, numa homenagem ao poeta e pedagogo João de Deus.

Diogo Coelho, da Golden Skill Produções, referiu na conferência de imprensa de apresentação do Letra Corrida, que esta primeira edição do Festival pretende ser «o maior festival de literatura infantojuvenil do país», com o objetivo «de inverter a tendência de pouca leitura por parte dos mais jovens, cujo índice é o mais baixo da União Europeia», Para tal, está lançado o mote do festival “Ler é Sonhar, a leitura é felicidade», que, como referiu Diogo Coelho, «não foi escolhido ao acaso. A primeira parte inspirou-se em Fernando Pessoa, já a segunda parte teve a inspiração do poeta argentino Jorge Luís Borges».

E com base neste mote, o festival, que é dirigido essencialmente ao público escola do 1. e 2.º ciclos, vai realizar-se nos seis agrupamentos do concelho de Coimbra, abrangendo milhares de alunos de diferentes faixas etárias. De 25 a 30 de novembro, são muitos os eventos relacionados com a literatura infantojuvenil, com Diogo Coelho a dar conta dos escritores, poetas, ilustradores e contadores de histórias, que vão estar presentes. Desde Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada e Luísa Ducla Soares, mas também Nuno Caravela, David Machado, André Madaleno, Amadeu Diniz da Fonseca, Sofia Souto Moniz ou Lara Xavier, além de muitos outros. Por isso, o festival integra encontros com os escritores, sessões de autógrafos, apresentação de livros, oficinas de ilustração e sessões de contos, a ter lugar nas escolas, na Casa Acreditar e no Hospital Pediátrico.

Francisco Rodeiro, presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, felicitou a Golden Skill Produções por ter escolhido a freguesia de Santo António dos Olivais, iniciativa que «agarrou com ambas as mãos», tendo em conta o «alcance relevante que terá junto da população mais jovem, que tem assim a oportunidade de reforçar os seus hábitos de leitura». De resto, «a escolha foi acertada, tendo em conta a área geográfica da freguesia que acolhe três agrupamentos e cerca de duas dezenas de estabelecimentos escolares».

Diogo Coelho salientou ain­da a vertente solidária do festival, em que 10% da venda de livros durante o festival reverte para a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. A apresentação do festival contou também com a presença de Brigitte Seixas, gestora da Casa Acreditar em Coimbra que agradeceu o apoio, referindo que «cada cêntimo faz a diferença».