Prémio João Ataíde volta a distinguir jovens talentos

Já é possível formalizar as candidaturas ao Prémio João Ataíde. A iniciativa destina-se a todos os jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos e que sejam residentes na região de Coimbra, podendo submeter os seus projetos até dia 31 de dezembro. Este prémio visa reconhecer e distinguir jovens talentos que, através das suas iniciativas, contribuem significativamente para o desenvolvimento social, económico e cultural da região de Coimbra. O vencedor irá receber um diploma e um cheque no valor de cinco mil euros, de acordo com o anúncio feito ontem, em conferência de imprensa, no “Quartel da Imagem”, na Figueira da Foz.

A assinalar a sua terceira edição, o Prémio João Ataíde surgiu da vontade da Comunidade Intermunicipal da Região (CIM) Região de Coimbra em homenagear aquele que foi presidente desta entidade, mas também «criar justiça» ao trabalho desenvolvido por esta «figura singular», como afirmou Jorge Brito, secretário executivo da CIM de Coimbra.

Alexandra Rodrigues, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), e que integra parte do júri do concurso, disse que estará «empenhada» na escolha de quem cumpra os requisitos, a fim que garantir que o premiado esteja à altura do trabalho desenvolvido pelo antigo político que «deixou marca no território».

Recorde-se que, em outubro de 2009, João Ataíde assumiu o primeiro mandato como presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e, em 2013, foi reeleito, exercendo igualmente o cargo de presidente da CIM. Já em abril de 2019 tomou posse como secretário de Estado do Ambiente do XXI Governo Constitucional. Nesta legislatura assumiu a função de deputado na Assembleia da República. Morreu aos 61 anos, em 21 de fevereiro de 2020, vítima de doença súbita.

Foi com emoção e ainda alguma «dificuldade em falar» que Afonso Ataíde, filho do juiz e político, marcou presença na conferência de imprensa. O jovem afiançou que ver este prémio aliado ao nome do pai é motivo de «bastante orgulho», pois sabe que «toda a sua vida foi focada na causa pública», o que sempre serviu de «fonte de inspiração» para si e para a família.

Não foi possível ficar indiferente ao discurso comovido do filho de João Ataíde, de tal forma que Emílio Torrão, presidente da CIM, e Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara da Figueira, dirigiram os seus discursos essencialmente ao jovem economista, enaltecendo o trabalho e a personalidade do pai.

Emílio Torrão destacou o facto de ter privado com João Ataíde, «primeiro enquanto profissional, depois como político», e sublinhou não só o «trabalho notável» deste na CIM, como também o «especial cuidado na forma como lidava com os jovens». O presidente da comunidade intermunicipal reafirmou que a criação desta distinção existe para «honrar o nome».

Já Santana Lopes disse que, apesar de não ter privado com o antigo autarca da Figueira, sempre ouviu falar dele nos bastidores «com respeito, consideração e com saudade». O autarca figueirense terminou o seu discurso louvando a iniciativa da CIM, uma vez que pretende «procurar pessoas que queiram inovar, fazer justiça e fazer o bem», tal como era conhecido em João Ataíde.|