Portugal propõe cooperação ibero-americana no domínio da proteção civil
Portugal apresentou na 29.º Cimeira Ibero-Americana, em Cuenca, Equador, uma proposta de cooperação no domínio da proteção civil entre os 22 países desta comunidade, três da Península Ibérica e 19 da América Latina.
"Surgiu uma proposta, que foi primeiro apresentada pelo Governo, e que eu submeti em nome da delegação portuguesa, que é de a própria organização ibero-americana, na base da coordenação, chamar a si um papel importante no que respeita à proteção civil", declarou o Presidente da República, em resposta a perguntas dos jornalistas, no fim da cimeira.
Durante a sua intervenção nesta cimeira, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se ao chefe de Estado espanhol, Felipe VI, manifestando-lhe "toda a solidariedade, amizade e admiração institucional e pessoal na dramática situação de calamidade vivida na Espanha".
O Presidente da República manifestou "solidariedade também para com outros países latino-americanos" e chamou a atenção para "uma proposta portuguesa da cooperação ibero-americana no domínio da proteção civil em caso de grande calamidade vivida no mundo ibero-americano".
No fim da cimeira, Marcelo Rebelo de Sousa falou à comunicação social tendo ao seu lado o ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Referindo-se à proposta apresentada por Portugal, o chefe de Estado considerou que "esse é um desafio ibero-americano, não para intervir de imediato, mas coordenar esforços para uma intervenção conjunta no futuro, no plano ibero-americano".
"Nós, portugueses, temos intervindo, com a Focon (Força Operacional Conjunta Nacional). A Focon esteve no Chile, por exemplo, só para falar no mundo latino-americano, está em Espanha, portanto, temos sido os primeiros, mas é bilateral. É ver como é que é possível agir no plano da comunidade ibero-americana", acrescentou.
"Não é só a calamidade em Espanha, que foi aquela que nos impressionou mais de perto, mas ao mesmo tempo, muito perto dessa calamidade, houve cinco, seis, sete calamidades em países latino-americanos", realçou.