Pinto Monteiro é novo membro da Academia Brasileira de Direito Civil

António Pinto Monteiro, professor catedrático jubilado da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra tomou posse como membro internacional da Academia Brasileira de Direito Civil (ABDC). A cerimónia de tomada de posse aconteceu na sessão de abertura do XII Congresso Intercontinental de Direito Civil que decorreu durante dois dias no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra.

O novo membro da ABDC foi apresentado durante a sessão pelo diretor da Academia Sino-Lusófona da Universidade de Coimbra, Rui de Figueiredo Marcos, tendo proferido depois uma palestra magna sobre o tema “Autonomia Privada e Responsabilidade Civil”.

Contando com mais de 200 participantes e cerca de 40 palestrantes, entre os quais conceituados juristas do Brasil, Portugal e de Espanha, o XII Congresso Intercontinental de Direito Civil foi uma homenagem, a título póstumo, a Ricardo César Pereira Lira, presidente Científico da ABDC, considerando um «grande e respeitadíssimo professor, que marcou o Direito Civil nacional e internacional», como, aliás, referiu na sessão Rosa Maria de Andrade Nery, atual presidente Científica daquela academia, presente num evento em que foram debatidos temas relacionados com o Direito Privado Contemporâneo.

Aliás, quanto ao congresso, que decorreu na Universidade de Coimbra, a responsável disse que serviu para «aprender, estreitar laços de amizade, de comunicação e de intercâmbio de ideias», sublinhando, portanto, a sua importância.

Presente no evento, o vice-reitor da Universidade de Coimbra para as Relações Externas e Alumni mostrou-se preocupado com o atual panorama social em todo o mundo. «Algo vai mal na humanidade quando temos uma divisão tão acentuada entre cidadãos, que leva a fenómenos de violência ao ponto de tirar vidas inocentes», afirmou João Nuno Calvão da Silva, adiantando que «os radicalismos ocupam o espaço daquilo que nos une, que é a moderação».

O vice-reitor defendeu, por isso, uma «urgente» reversão da situação e deu como exemplo «a lição de Coimbra» e o próprio congresso, uma vez que, na sua perspetiva, «é sinal de paz social».  «É pela ciência e pela cultura que aqui viemos ouvir os melhores da academia brasileira e da academia portuguesa», afirmou.

O congresso, uma organização da Academia Brasileira de Direito Civil, do Grupo Notorium e da Academia Sino-Lusófona da Universidade de Coimbra, prolongou-se durante dois dias no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, para debate de vários temas relacionados com o Direito Civil.

Na sessão de abertura estiveram também Pedro Costa Gonçalves, membro do Conselho Geral da Universidade de Coimbra; Jorge Loureiro, presidente do Tribunal da Relação de Coimbra; Carlos Lopes, vereador da Câmara Municipal de Coimbra; assim como Allan Christyan, CEO do Grupo Notorium e Roger Silva Aguiar, presidente administrativo da Academia Brasileira de Direito Civil.