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Projeto de requalificação do edifício da Associação Académica de Coimbra vai ser retomado

A UC contratou o arquiteto Gonçalo Byrne, por meio milhão de euros, para reformular e atualizar o projeto

A Universidade de Coimbra contratou o arquiteto Gonçalo Byrne, por meio milhão de euros, para reformular e atualizar o projeto que fez há cerca de 15 anos para requalificar o complexo arquitetónico da Associação Académica de Coimbra.

O contrato, realizado por ajuste direto, foi publicado na sexta-feira no portal de contratação pública Base e tem como objetivo reformular e atualizar o projeto de execução da requalificação do conjunto arquitetónico da Associação Académica de Coimbra (AAC), construído em 1954, com assinatura dos arquitetos Alberto José Pessoa e João Abel Manta.

O contrato consultado pela agência Lusa estipula não apenas uma revisitação do projeto de arquitetura realizado há cerca de 15 anos, mas também das restantes especialidades, como paisagismo, água e esgotos ou o projeto de elevadores - o edifício principal do complexo, com cinco pisos, tem apenas dois pisos acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida.

Questionado pela agência Lusa, o gabinete de comunicação da reitoria da Universidade de Coimbra (UC) confirmou, em resposta escrita, que esta será uma retoma do projeto idealizado por Gonçalo Byrne há cerca de 15 anos e nunca executado, “mas com uma abrangência e estratégia ajustados ao momento atual”.

O projeto inclui não apenas o edifício onde está a sede da AAC e de várias secções culturais, desportivas e de organismos autónomos da associação estudantil, mas também a intervenção no restante complexo, como os jardins ou a zona das cantinas, onde caiu uma pala de betão, em 2023.

A reitoria da UC escusou-se a apontar uma estimativa do custo das obras de requalificação do conjunto arquitetónico, assim como de quando é que estas poderão ser executadas (Gonçalo Byrne terá 420 dias para executar a reformulação do projeto de requalificação).

Questionada sobre se a UC pretende avançar com estas obras aproveitando o atual quadro comunitário ou se será assegurada com meios próprios, a instituição de ensino superior aclarou que, tratando-se “de uma intervenção profunda e estrutural, só é viável aproveitando todas as oportunidades”.

Há muito que a AAC e os estudantes defendem uma requalificação de todo aquele complexo, nomeadamente o edifício principal, que já contou com uma empreitada recente de cerca de 200 mil euros para resolver problemas de infiltrações.

Aquando do 10.º aniversário da inscrição da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial, em 2023, foi realizado um debate sobre aquele complexo, em que participaram, entre outros, Gonçalo Byrne.

Novembro 19, 2024 . 10:50

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