Rui Silva “disponível” para concorrer à Câmara de Arganil
«Estou disponível para me candidatar!», afirma Rui Silva, antigo presidente da Câmara Municipal de Arganil, sublinhando, muito embora, que «quem escolhe os candidatos são os partidos e as respetivas comissões políticas» e o seu caso é singular, porque embora se considere um socialista dos “quatro costados”, assegura ter sido «expulso» do PS quando assumiu, em 2010, uma candidatura em nome de um grupo de cidadãos independentes. Acabou, todavia, por regressar, nas eleições de 2017, como candidato apoiado pelo partido.
Engenheiro civil, com 71 anos, Rui Silva justifica a sua «disponibilidade» para uma nova candidatura nas eleições autárquicas do próximo ano com a «apreensão» com o que «se passa em Arganil» e aponta «a vontade de muitas pessoas» de o «voltarem a ver à frente da Câmara Municipal».
«Temos muitas pessoas descontentes», diz, e refere a «situação muito gravosa» em que o concelho se encontra. «Estamos na iminência de perder dois vereadores», sublinha, passando dos atuais sete para cinco elementos no executivo camarário, tendo em conta o decréscimo populacional, que atualmente deixa o município aquém dos 10 mil habitantes.
«Isto é penalizador» e constitui «um desacreditar da conduta que os autarcas têm seguido», considera Rui Silva. Reconhecendo que a perda de população é um problema transversal a todo o interior do país, o “candidato a candidato” lembra que Arganil «sempre se distinguiu na Beira Serra», conseguindo «suplantar, no bom sentido», ressalva, os restantes concelhos, particularmente Tábua, município vizinho que «tem agora um posicionamento bastante mais vantajoso relativamente a Arganil»
«Isto é desencorajador, é desmotivador, por isso é que estou “alinhado” com esta disponibilidade», com o objetivo de «superar deficiências em termos da gestão municipal e encontrar melhores formas de orientação para conseguirmos recuperar uma posição de liderança que já tivemos», adianta o antigo autarca, que, recorda, liderou a Câmara de Arganil «há 20 anos», tendo cumprido dois mandatos, o último dos quais terminou em 2005. Depois de ocupar o lugar de vereador da oposição, está pronto para regressar à ribalta política e assumir o «desafio» de «restituir a Arganil o prestígio que alcançou num passado recente e que merece ser reavido e (re)construído».