História e (algum) humor juntos no espetáculo de Hugo van der Ding
“O que importa é participar” é o mote para um espetáculo de comédia que tem a “audácia” de combinar a História de Portugal com humor para dar a conhecer alguns episódios onde os populares foram os protagonistas da história, ao contrário do que é habitual.
O autor do livro e programa de rádio da Antena 3 “Vamos todos morrer” volta a Coimbra no âmbito do Festival Política, que arrancou ontem, para dar a conhecer «seis ou sete episódios desde os primórdios da história - uns mais emocionantes do que outros - até culminar no 25 de Abril», explicou Hugo van der Ding, em conversa com o Diário de Coimbra.
«São histórias factuais e reais de alturas da história em que houve revoltas populares, geralmente pelo povo que até ao século XIX nunca era o protaginista e que decidiram tomar rédeas e tomar uma posição», salientou. «Desde os padres que se passaram com o rei e o puseram a andar (1245). Ou quando o povo de Lisboa mandou o bispo de Lisboa em voo pela janela da Sé (1383). Ou quando os trabalhadores das obras do Palácio de Mafra cruzaram os braços até que lhes pagassem o que deviam (1732). Ou quando os tipógrafos de um jornal fazem a primeira greve fabril em Portugal (1849). Ou quando andou tudo à batatada pela falta de batatas (1917). Ou quando, contra a ditadura do Estado Novo, se assaltou um barco (1961), um avião (1961) e um banco (1967). Terminando tudo, faz agora cinquenta anos, num dia inicial inteiro e limpo (1974)», pode ler-se na sinopse do espetáculo que, segundo Hugo van der Ding, «tem momentos sérios e de reflexão sobre a necessidade de participarmos na sociedade».
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