Melhor Feira do Mel e da Castanha decorre na Lousã
«Esta é a melhor Feira do Mel e da Castanha do país», garantiu o presidente da Câmara Municipal, ontem na inauguração da 33.ª edição do certame. E é também «o melhor festival de outono da região», adiantou Luís Antunes, que destacou o aumento do número de participantes, particularmente apicultores, que trazem à feira «o melhor mel do mundo».
Um certame que tem vindo a crescer e a afirmar-se, obrigando a ampliar a tenda de animação e produtos gastronómicos, esclareceu o autarca, que reforçou a «importância» do certame» e o «investimento que o município» faz na sua organização tendo em conta o que representa para a «atratividade e promoção do concelho e da região», mas também pelo «impacto económico significativo que tem na comunidade». «É um evento marcante para o concelho e para a região», disse ainda Luís Antunes, realçando a dimensão nacional da Feira do Mel e da Castanha, que pretende seja «mais do que uma feira, uma verdadeira festa, uma festa da Lousã e dos seus produtos», designadamente das duas bandeiras: a castanha e o mel, «o melhor mel do mundo», garantiu.
António Carvalho, presidente da Cooperativa Lousãmel, o primeiro orador da sessão, também não tem dúvidas de que o Mel Serra da Lousã DOP é único e o melhor. E o ano correu de feição, disse, com «um aumento de 30 a 40% da produção». «Houve chuva, houve sol e as abelhas trabalharam muito bem», afirmou, destacando apoio da autarquia aos apicultores, na aquisição de alimento e no processo de certificação e a importância acrescida da feira «para a Lousã e para os apicultores».
Também sobre a «qualidade excecional» do Mel Serra da Lousã falou Emílio Torrão, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, (CIM-RC) que lembrou o projeto Beefood, de combate às invasoras e criação de campos para alimentar as abelhas, que envolve uma área de 13,63 hectares, com 1,85 na Lousã.
Luís Filipe, vogal executivo do Centro 20-30 lembrou a importância de «apostarmos no que é nosso, onde sabemos criar valor», para «criar oportunidades» e «fortalecer o território» e criar «novas dinâmicas». Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), também destacou a dinâmica da região de Coimbra, que ocupa a quarta posição na captação de fundos do PRR.
A feira decorre até domingo, na Nave de Exposições e em duas tendas anexas.
Trinta e três anos de feira
Manuel “Campeão”, como é conhecido, participa na feira desde a primeira edição. «Nascido e criado na Lousã», como faz questão de sublinhar, está no certame com a esposa, Glória Gonçalves, e vende castanha – longal e martaínha, «a melhor!», garante -, nozes e mel. «Já tive 80 colmeias, agora são 30». «As forças começam a faltar», diz. Confessa que chegou a pensar não marcar presença, mas o orgulho de ser o «mais antigo da feira» falou mais alto. E ali está, satisfeito, orgulhoso por contabilizar 33 edições da Feira do Mel e da Castanha e testemunhar o grande crescimento do certame.