Arganil repete concurso para construir 29 fogos para arrendamento acessível
A Câmara de Arganil lançou a concurso, pela segunda vez, a construção de um edifício com 29 fogos para habitação a custos acessíveis, num investimento de 4,26 milhões de euros.
"Houve um primeiro concurso que tinha um valor 10% abaixo do montante que agora considerámos e um prazo mais apertado, que não teve nenhum empreiteiro a apresentar propostas", explicou à agência Lusa o presidente da Câmara, Luís Paulo Costa.
O autarca acredita que com o aumento do valor base da empreitada e o alargamento do prazo para mais quatro meses vai ser possível construir o edifício com 29 fogos para arrendamento a custos acessíveis, num investimento suportado quase na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
De acordo com o anúncio publicado em Diário da República, a obra na Avenida Nossa Senhora do Mont’Alto tem uma comparticipação de 4,06 milhões de euros e um prazo de execução de 450 dias.
O projeto visa a construção de um empreendimento habitacional multifamiliar, com fogos de tipologia T1, T2 e T3 destinados a serem disponibilizados para arrendamento acessível, colmatando o défice de soluções habitacionais a custos acessíveis existente no concelho de Arganil.
Segundo a autarquia, este edifício permite dar resposta às famílias que não encontram respostas no mercado tradicional por incompatibilidade entre os seus rendimentos e os valores de renda praticados.
De acordo com o presidente do município, Luís Paulo Costa, a realidade do concelho justificaria ter no mercado cerca de 80 fogos no regime de arrendamento acessível para a classe média.
Nesta área, a Câmara de Arganil vai avançar com a requalificação de duas casas de magistrados devolutas, cujo prazo para entrega de propostas termina hoje, num investimento de aproximadamente 300 mil euros.
A autarquia está também a trabalhar num processo com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para a construção de 30 fogos, 15 de tipologia T2 e outros tantos T3, que ainda não estão orçamentados.
Luís Paulo Costa adiantou ainda que o município prevê intervencionar nove edifícios privados, considerados no Plano de Regeneração Urbana, em articulação com o IHRU, "que não tem capacidade de resposta".
"Tem sido um processo excessivamente lento, em que já perdemos mais tempo em burocracia do que o tempo que as obras vão demorar a ser executadas", sublinhou o autarca.