Integrar ajuda pessoas vulneráveis a dar novo rumo à sua vida
O objetivo é, numa palavra, mudar de vida, pôr um ponto final no presente e abrir caminho ao futuro. Falamos no Projeto (Re)Criar Novos Caminhos de Vida, apresentado pela Associação Integrar, que visa promover a inserção de pessoas em situação e vulnerabilidade extrema, onde se incluem alguns sem-abrigo, fornecendo-lhes competências que assegurem a sua integração no mercado de trabalho, primeira garantia de «uma vida nova» para “fazer frente” à exclusão social.
O projeto, inovador, foi apresentado por Jorge Alves, presidente da direção da Integrar, e por Mónica Corte, coordenadora do programa, numa cerimónia realizada no Recordatório da Rainha Santa – Alfredo Bastos, em Coimbra, onde os primeiros beneficiários deste programa de qualificação e integração assinaram o respetivos acordo.
No total serão 30 pessoas, entre homens e mulheres, de Coimbra, encaminhados pela Equipa de Rua da Integrar, pela Associação Cais ou pela Cruz Vermelha. Em comum têm o traço de vulnerabilidade, pobreza, risco de exclusão social, mas também, e sobretudo, a vontade de mudar e de “Criar Novos Caminhos de Vida”, em conformidade com a designação do projeto.
Trata-se, explicou Jorge Alves, de um programa concebido pelos técnicos da instituição que, com a sua experiência acumulada, conhecimento da realidade e das necessidades do público-alvo a que se destina, agilizaram um conjunto amplo de respostas, visando dar novas competências aos beneficiários, validar e promover competências e experiências positivas que possuam, bem como todo um universo de ferramentas, em termos de convivência social, de cuidar de si e dos outros, de saúde, de gestão doméstica e financeira. Inclusive, vão aprender a cozinhar», fez saber o presidente, deixando desde já a promessa de, num futuro próximo, se fazer convidado para o almoço.
«É um programa flexível, ajustado ao perfil de cada pessoa», aos seus «interesses» e «anseios», sublinharam Jorge Alves e Mónica Corte, que também deixaram uma mensagem muito clara de apelo ao diálogo. «Se tiverem qualquer problema, qualquer dificuldade, falem, com os técnicos, pois iremos, certamente, encontrar uma solução», referiram.
O programa tem a duração de dois anos e vai ser desenvolvido nas instalações da Integrar na Quinta dos Olivais, com os participantes divididos em dois grupos e com atividades em diferentes dias da semana, de manhã ou à tarde.
O projeto conta com o apoio do Programa Regional do Centro 2021-2027, que assegura a equipa técnica, mas a Integrar assumiu as refeições e transportes dos participantes, bem como os encargos com o equipamento necessário, garantindo, igualmente, o apoio técnico e psicológico. Apoio este que se mantém mesmo após a sua integração no mercado de trabalho, sendo, inclusivamente, extensível às empresas.
Para assegurar esta cadeia de combate à pobreza e promoção da inclusão, a Integrar conta com a parceria de várias empresas, no sentido de garantir a integração no mercado de trabalho destes cidadãos. Alguns deles assinaram ontem o acordo com a Integrar, numa cerimónia pública, que visou «dar dignidade» a este momento. Uma assinatura e um documento que representam um compromisso com uma nova vida.