VIH/SIDA: Cerca de um terço dos infetados têm menos de 30 anos
A infeção por VIH é uma realidade, não só mundial (1,3 milhões de novos casos em 2023), mas também nacional e no distrito de Coimbra que, como confirmam os três responsáveis, acompanha a tendência nacional de um «ligeiro aumento» no último ano, em relação aos anteriores.
A Delegação de Coimbra da FPCCSIDA, além da educação para a prevenção, tem ainda a tarefa de apoiar e acompanhar os doentes e infetados, acolhendo pedidos de ajuda, agendando consultas de psicologia ou encaminhando casos para os respetivos serviços hospitalares e dando apoio à medicação que, em Portugal, é fornecida gratuitamente, chegando mesmo a enviá-la para doentes que moram mais longe dos grandes centros.
Os responsáveis lamentam ainda se depararem com «muito preconceito e discriminação» em relação a estes doentes, não tendo dúvidas de que se trata de «desconhecimento e falta de informação» em relação ao modo de transmissão.
O mesmo acontece com o tipo de pessoas infetadas. Neste momento, sublinham, numa altura em que há cerca de 900 novos casos por ano de infeção por VIH/SIDA em Portugal, a grande maioria dos infetados são heterosexuais, sendo 96% da infeção transmitida por via sexual. «Já não se coloca a questão dos grupos de risco que se colocava inicialmente», confirmam os responsáveis.
Outro dado importante transmitido é o de que um terço dos infetados (cerca de 33%) são jovens com menos de 30 anos.
Isso é «um motivo» de preocupação e mais do que justifica o trabalho desenvolvido pela equipa da Delegação de Coimbra junto das escolas e das instituições de ensino superior.
Igualmente relevante é o facto de 53 a 54% dos infetados terem nascido no estrangeiro, apesar de terem contraído o vírus em Portugal.