Sónia Rossa conquista 4.ª edição do Prémio Literário Manuel Alegre
Foi “A vendedora de bibliotecas” que fez com que a escritora Sónia Rossa se sagrasse vencedora da 4.ª edição do Prémio Literário Manuel Alegre, impulsionado pela Associação Académica de Coimbra, em cerimónia que decorreu no final da tarde de ontem na Associação Portuguesa de Escritores, em Lisboa.
Mas nem só da vencedora se fez o momento. Jeni Fidalgo, com o conto “José”, e a “Tripartição” de Cátia Cardoso, foram, também, distinguidas e levaram para “casa” menções honrosas.
Sónia Rossa, em declarações proferidas à Antena 1, fez uma breve descrição da obra apresentada: «É uma mistura de fantasia, de memórias de infância e de uma aldeia intemporal. De uma avó para uma neta, numa aldeia, uma linguagem um pouco mais complexa na boca de uma vendedora de rua».
Manuel Alegre, por sua vez, também aos microfone da Antena 1, referiu sentir «um grande vazio em relação à criação de textos». «Se escrevesse agora seria sobre as minhas grandes preocupações que são a Guerra da Ucrânia e do Médio Oriente. São os problemas que estão a desestabilizar o mundo», acrescentou, ainda, a personalidade que a distinção homenageia.
Por parte da Associação Académica de Coimbra (AAC), Francisco Flor, coordenador do prémio e responsável pela política cultural da Direção-Geral da AAC, considerou que o prémio está «muito vivo» no meio literário. «Mudámos o que pretendíamos como texto para o prémio. Antes era só e apenas um conto e, nesta edição, queríamos textos mais reivindicativos e de acordo com o que foi a vida de Manuel Alegre. Foi precisamente isso que recebemos com a maioria do que foi apresentado a ir nesse sentido», referiu, ainda, o dirigente estudantil em declarações proferidas ao nosso Jornal.