CIM’s de Coimbra e Leiria pedem fiscalização à ERSUC
Isso mesmo vai ser dado nota hoje, na conferência marcada pelas duas CIM na Mealhada e que vai contar também com a presença do presidente da Câmara local. No mesmo encontro, as duas estruturas vão apresentar os desafios do setor dos resíduos «que estão a ter um elevado impacto negativo para os municípios e cidadãos da Região de Coimbra», conforme se lê em comunicado emitido ontem.
«Apesar dos investimentos efetuados nos sistemas de tratamento de resíduos, nas últimas décadas, a ERSUC continua a enviar mais de 76% dos resíduos para aterro, perdendo-se anualmente milhares de toneladas de recursos que poderiam ser reintroduzidos na economia e os aterros estão em vias de atingir a sua capacidade máxima», acusam as CIM que se dizem empenhadas em «participar ativamente no processo de definição das soluções destinadas a melhorar o setor dos resíduos». Mais ainda, dizem que estão já a estudar modelos alternativos aos que estão atualmente em vigor.
Recorde-se que os autarcas estão preocupados com o aumento brutal dos custos de gestão de resíduos que se tem verificado nos últimos anos, com aumentos superiores a 160%, e que não têm tido qualquer reflexo na qualidade do serviço prestado pela entidade gestora em alta. Além do pedido que vai dar entrada no Tribunal de Contas, já foram tomadas outras medidas, como pedir ao governo que seja despoletada uma ação inspetiva pela IGAMAOT com o objetivo de verificar o grau de cumprimentos das Obrigações de Serviço Público e avaliar a consistência da informação financeira reportada à ERSAR.