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Peça do Teatrão aborda a capacidade de sonhar

“Constantino, Guardador de Sonhos” tem estreia marcada para 1 de janeiro, com uma vasta programação desenvolvida em paralelo

E se os adolescentes perdessem a capacidade de sonhar? É a resposta a esta questão que o Teatrão procura dar em “Constantino, Guardador de Sonhos”. João Gaspar é o dramaturgo responsável por esta nova criação, trazendo este pensamento para os tempos de hoje, a partir da obra de Alves Redol “Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos”.

Nesta proposta, «não estamos na década de 60, nem no Freixial», onde se desenrola a história de Constantino de Alves Redol, «um rapaz que apesar dos todos os problemas sempre sonhou muito» explanou o dramaturgo, mas sim no «séc. XXI com a protagonista, uma jovem-adolescente, a viver nos subúrbios de uma grande cidade» e cuja vida continua, ainda assim, «a ser difícil de suportar e a não conseguir sonhar com um futuro melhor», complementou Isabel Craveiro, encenadora do espetáculo e diretora artística do Teatrão.

Além de criar uma versão atual do “Constantino”, a peça dá o mote para uma reflexão mais profunda sobre a contemporaneidade e o «papel político que a arte pode imprimir na sociedade», disse ainda a responsável. Nesse sentido, foi criado um leque de atividades paralelas e que juntam, no estudo proposto ao neorrealismo português, parceiros como a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, a Cáritas Diocesana de Coimbra, o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, o Museu do Neo-Realismo e o Plano Nacional das Artes. Assim, até junho do próximo ano, irão decorrer, exposições, leituras e um ciclo de conferências dedicado ao movimento e à sua relação com a atualidade. |

Programação em paralelo

“Constantino, Guardador de Sonhos” entra em cena no próximo dia 3 de janeiro e decorre até 1 de fevereiro. As sessões decorrem às sextas-feiras, pelas 19h00, e aos sábados às 17h00. As escolas entram em cena e vai acontecer sessões dedicadas aos alunos de segunda a sexta em diferentes horários. 

No dia 17 de janeiro, a interpretação da peça vai mais longe e vai ser feita em Língua Gestual Portuguesa. A programação não fica por aqui e nos dias 23 e 30 de janeiro, às 18h00, acontece a conferência “Rede Social” na OMT com curadoria de Pedro Pita. 

Leituras ao domicílio

Em parceria com o Serviço de Apoio Domiciliário da Cáritas Diocesana de Coimbra, o teatrão vai dinamizar durante seis meses
“Leituras ao Domicílio”, levando a «quem não pode sair
de casa» várias obras de literatura neorrealista.

Através de um grupo de voluntários, a literatura vai chegar a quem não pode sair de casa ou a quem já não tem capacidade para ler, por exemplo. Os utentes referenciados pela Cáritas vão poder, assim, ter um momento diferente do seu dia-a-dia e usufruir de uma leitura de uma história.

Dezembro 5, 2024 . 09:00

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